O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, janeiro 25, 2002



OXUM MINHA MÃE!
Um dia eu hei-de ir À Baia!

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MULHERES QUE CORREM...COM OS GATOS!


Sim fiquei a pensar neste título e como se reage por dentro e por fora a esta impressão. Brrrr....
Com Gatos e Gatas?!!!
Toda a gente se afasta á priori, teme-se e confronta tanta soberania.
E com cães, como seria? Qual a impressão?
E com Cavalos?
E com Serpentes?

Com Lobos é misterioso e saudável...Perigoso mas digno...
Com cães pela praia é salutar e ternurento... É o melhor amigo do bicho homem...
Com cavalos é nobre e lendário, heróico e campestre...Na cidade é snobe...

Mas com gatos é sempre suspeito... Lembra logo “gata vadia” ou (gata bandida?), em telhado de zinco quente, lembra a mulher e o erotismo, mas com conotação perversa. Lembra as bruxas e as fogueiras e com elas queimados e perseguidos os gatos... Que os homens temem e matam nas ruas com raiva...Ou em crianças já perseguem e torturam... Lembra superstição macabra e agoirenta o treze e o gato preto da sorte... Uma miscelânea de paradoxos e de preconceitos! Lembra mulheres sensuais e libertas, mas vistas como promíscuas.

Mas são exactamente os gatos quem tem a mestria... São os Gatos Sagrados desde sempre o símbolo da Deusa e do Amor, são a mulher em essência na sua supremacia que o patriarcalismo religioso e social condenou e destruiu paulatinamente na face da terra.

E a Serpente símbolo da Grande–Mãe, regeneradora e mutante, Melusine et l’Androgyne, “estava em contacto com os mistérios da terra, das águas, da escuridão – auto- suficiente, insensível, reservada, às vezes venenosa, capaz de deslizar sem deixar rasto, magicamente engolindo grandes criaturas e rejuvenescendo-se pela mudança da pele.” (...) Consequentemente, a serpente tornou-se o maior símbolo animista e posteriormente ou paralelamente tornou-se para a Igreja católica simplesmente símbolo do pecado e da mulher pecadora para os padres misóginos e castradores e um “deus macho” que pôs inimizade entre as duas e separou assim as duas mulheres! Compra uma e vende “a outra!” Os homens do deserto contra a Senhora das Águas...



A SERPENTE E


“A Mulher é sempre um mistério insondável que atrai e mete mede ao mesmo tempo que dá vida e se torna devoradora, e que os moralistas cristãos se apressaram muitas vezes a identificar com o diabo, pelo menos com a ideia pueril que se tinha deste. Este mistério foi sentido pelos homens da pré-história, visto que os escultores e gravadores do paliolítico se abstiveram cuidadosamente de desenhar o seu rosto. Quem é essa Deusa dos tempos Primordiais, que tem sexo, mas não tem rosto? Será o eterno feminino tão caro aos poetas? (...)
Jean Markale “AGRANDE DEUSA“


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OS TEMPLOS DA GRANDE-MÃE FORAM DESTRUIDOS PELOS

FANÁTICOS CRISTÃOS COMO AS ESTÁTUAS DOS BUDAS

FORAM

DESTRUIDAS PELOS TALIBANS! MAS O MUNDO JÁ ESQUECEU !


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