O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, janeiro 22, 2002



SACRIFÍCIO

Gosto dos egipcios,
queria voltar aos seus templos antigos.
(...)
Abraço Sekhimet e os seus seios descobertos
e deito-me no seu manto de rainha escarlate.

Ofereço-me em sacrifício a Bastit, para ver os seus
olhos de amêndoa de gata sorrirem...
(...)
( Do livro M.I. ) Sonata e Prelúdio...

III

Mesmo quando as aves levantam voo
em ondas de grande debandada
eu nada vejo, fico cega
presa como estou e ausente
dois corações obedientes no seu bater
a minha vida ligada a tua
no elo da tua beleza.

Poema egipcio



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