O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, maio 11, 2002



Eu te evoco, imóvil e exausta, sofredora e tua escrava;
Guarda-me senhora, acolhe a minha prece,
Escuta-me ó benigna, ouve a minha súplica.
Piedade! reclama por mim, o teu ânimo está desenfreado.
Piedade! para o meu corpo todo em gemidos,
desmaiando .
Piedade! Pelo meu coração enfermo, cheio de lágrimas
Suspirando.
Piedade! Pelos meus pressentimentos confusos
que me atormentam.
Piedade! Por minha casa apreensiva que geme em pranto
Piedade! Por meu ânimo conturbado entre lágrimas
Contínuas...
Ishtar, (...) teus olhos benignos, pousem sobre mim,
Com teu rosto sorridente, olha-me com bondade.
Afasta os males perversos do meu corpo e
Deixa que eu veja a tua clara Luz.


(Excerto de uma prece milenar à Deusa Ishtar da Babilónia...)

PEREGRINAÇÃO

Queria tanto que neste mundo houvesse, um lugar de peregrinação e culto que não tivesse sido profanado, onde pudesse pedir ajuda do fundo do coração e rezar à a Grande Mãe da antiguidade.
Ela, Cibele, a grande Deusa venerada pelos nossos ancestrais, perseguida pelos cristãos, misóginos judeus, pelos fariseus; escondida em grutas e cavernas à espera do novo mundo, oculta da sua glória e da sua beleza eterna. Ela, aquela que é tão bela, Mãe dos místicos e dos poetas, seja ela Istar, Venus-Afrodite, Artémis, Inana, Atargatis, Labbatu, Kali, Anaht, Sheela-na-Gig, Wicca e todas as sacerdotisas e feiticeiras ou mulheres inocentes, perseguidas s queimadas nas fogueiras da Inquisição pelos padres! A Senhora de todos os nomes, de todos os tempos, expulsa dos seus templos sagrados pelo malditos kurgans...

Ela é a Mulher que foi separada da sua essência e dividida em duas, Maria a Virgem que não dependia senão do céu e Maria Madalena, Suma Sacerdotisa da Grande Mãe no Templo de Magdala.
Mas Ela virá e será uma só, indivisível: Isis Eterna e sem Véu.


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