O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, junho 13, 2002


Agustina Bessa-Luís

DEDICATÓRIA ao SUB ROSA

Querida Meg: você dedicou-nos uma página ao grande poeta da língua portuguesa Luís de Camões, no seu dia e dia de Portugal, poeta que elevou a nossa língua materna ao auge, mas não a Mulher, embora Musa e "Dama de Aluguer"... e é com grande ternura e afecto que lhe dedico em contrapartida estes aforismos da Agustina Bessa-Luís.

O SOFRIMENTO É COMO A LIBERDADE: SÓ AOS CORAÇÕES DE GRANDE FORTALEZA PODE APROVEITAR, AOS OUTROS HUMILHA-OS E CORROMPE-OS, E MAIS NADA.

NUNCA SE SABE QUANDO FERIMOS OS OUTROS ESQUIVANDO-NOS A SOFRER.

MELHOR QUE O VALENTE É O QUE SUPORTA

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