O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, junho 24, 2002

SALVÉ O MUSA ETERNA, SAlVÉ



"NÃO SOU DAQUELAS QUE RUMINAM RANCOR:

MEU CORAÇÃO É O DA CRIANÇA"

"Sonho no escuro...
vem, agora que o sono...
doce divindade..."
vem...
entre as sombras
de um sonho antigo...


Sonho composto (ou plágio a Safo)

...onde todas as cores se misturam...

SAFO

A ALQUIMIA DO AMOR

A visão da mulher tem um papel importante na Obra de Alquimia. A mulher que se vê - companheira, amante, ou deusa iniciadora - é a projecção de um oposto a integrar nessa união superior a que se aspira. É a força transformadora, ela mesma transformada - em mineral, vegetal, animal, ou ainda num dos elementos, ou um astro, ou logo em divindade (...).Y.K.Centeno

Vi o teu rosto na lua...
aparecia e sorria entre as nuvens para logo desaparecer...
Ias e vinhas como um Fada e
com as mãos brincavas com as estrelas
dançando entre os raios de luz.

(...)
in "Mulher Incesto"


"O Livro do Desassossego"

"Não sei o que é o tempo.
Não sei qual a verdadeira medida que ele tem, se tem alguma.
A do relógio sei que é falsa: divide o tempo espacialmente, por fora.
A das emoções sei também que é falsa: divide, não o tempo, mas a sensaçõa dele.
A dos sonhos é errada; neles roçamos o tempo, uma vez prolongadamente,
outras vezes depressa,
e o que vivemos é apressado ou lento conforme qualquer coisa do decorrer cuja natureza ignoro."


FERNANDO PESSOA

Sem comentários: