O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, julho 11, 2002


Quadro de Firmino Pascoal - Exposição na Livraria: "Ler Devagar"- Lisboa

GUERRA

"A pior das instituições gregárias chama-se exército. Odeio-o.
Considero digno de desprezo um homem que sente prazer em
desfilar em parada ao som de uma marcha militar. Um homem
assim não merece um cérebro humano, já que uma simples medula
espinal lhe é suficiente. Deveríamos fazer desaparecer o mais
rapidamente possível este cancro da civilização.
Odeio violen-
tamente o heroísmo a pedido, a violência gratuita e o naciona-
lismo idiota. "A guerra é a coisa mais desprezível que existe.
Preferia deixar-me assassinar a participar nessa ignomínia."

Albert Einstein (início anos 30)

Tirado à "GATA DAS PANTUFAS"

“[...] O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesmo compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudades...sei lá de quê!”
Florbela Espanca, Carta no. 147, volume V, Lisboa, junho de 1930

tirado da "LEMNISCATA"

A.Rich (V.Woolf)"como mulher, tenho um país; como mulher, não me posso desligar desse país, condenando pura e simplesmente o seu governo, ou dizendo três vezes:"como mulher o meu país é o mundo inteiro.

Portugal: País de Futebol, Fado e “Dondocas”.

Fico impressionada como é que em Portugal se publicam livros os mais inacreditáveis... e nas “melhores” editoras!? Eu não estou a falar por mim, porque sei que o tema dos meus livros não interessa ao grande público, nem certamente aos editores...
Mas quem publica em Portugal, são os treinadores de futebol, jogadores da bola, concorrentes do Big Brother, jornalistas de televisão, protagonistas de escândalos, políticos de todas as espécies e as “dondocas” do jet set nacional."As oferecidas"...Aquelas que viram "feras" perante o "macho latino", ainda que convertido cada dia mais ao "inimigo" eh! eh! eh!


E isto impressiona-me tanto mais por saber de uma amiga, que escreveu um livro maravilhoso de poesia “autobiográfica” e que, apesar de ser considerada uma excelente actriz, não consegue um editor em Portugal... Eu sei que ela, ingenuamente, tem feito contactos sucessivos e persistentemente falado com editoras, mas nenhuma se dispõe a editar poesia...Porque não se vende, porque ninguém lê e a não ser com cunhas e com todo o tipo de subserviências, bajulações e outros meios mais “íntimos” do tráfico de interesses que domina a nossa hipócrita sociedade, vendida aos mais medíocres padrões de domínio de “capelinhas” menos ortodoxas...
Há muitas "igrejinhas" de Culto de Mortos em Portugal...Cada editor, cada jornal, cada canal... E os “padrecos” a dominar...Cada qual senhor da sua “sacristia” e das suas beatas...e beatos, claro!
Este é o Pequeno País das Panelinhas e Cunhas, dos “boys e das “girls”, dos interesses de protagonismo egocentrista e dos “tachos” chorudos. Alguém duvida?
Tudo isto me dá nojo e vontade de chorar... Ou antes, vomitar!


PORTUGAL:
PAÍS EM QUE O BOM SENSO ESPANTA
PAÍS PEQUENINO
COM GENTE À SUA MEDIDA

y.k. Centeno

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