O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, agosto 01, 2002



La compréhension du principe féminin et
des valeurs qu'il véhicule
suppose nécessairement le respect de la Nature.


Hoje em dia, tudo se tornou profano. As funções do princípio feminino, dar nascimento e alimentar, perderam o seu carácter mágico e sagrado; o corpo da mulher tornou-se profano.

Em certas épocas, o erotismo era de essência sagrada: os atributos da dupla função do princípio feminino – o ventre e os seios – eram ao mesmo tempo desejados e respeitados como atributos sagrados.

As relações de ligação com a Natureza são a imagem das relações que temos com a mulher – veículo privilegiado do princípio feminino. A nossa civilização já não respeita a Natureza da mesma maneira que já não respeita a mulher, o princípio feminino e os valores que ela veicula.

FEITIÇO

Possessa sim,
mas de de amor o teu!
Amante de mim sim,
mas de tanto em mim viveres,
Ó Deusa


Crente e serva de um único olhar,
o teu invisível olhar,
que me fulminou de magia
e ardente nostalgia,
mal nasci!


in "Mulher Incesto - Sonata e Prelúdio"

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