O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, agosto 11, 2002



Para além das Brumas

O seu formoso
Corpo cruel de Deusa omnipotente,
Voluptuoso,
De pé, naquela altiva soledade,
Como enlevado, extático, sorrindo,
Domina a planetária imensidade
E o céu infindo...


Teixeira de Pascoais



Ah! Houvesse neste mundo um lugar Sagrado
de peregrinaçao e culto onde eu pudesse pedir e encontrar ajuda ...
Evocar a Grande Deusa da Antiguidade ...


Ela a Grande Mãe escondida nas cavernas ...
Anat, Cibelle e Astar, queria tanto ser sua Vestal.


Ah! Mãe, diz uma palavra fecunda
e eu serei tua serva para sempre ;


Guia-me no teu caminho e faz acordar em mim a Mulher Ancestral.
Dá-me olhos para te ver à clara Luz do dia sem mais temer
a injustiça dos homens que Te sacrificaram ao Silêncio e ao esquecimento


Dá-me a Tua Força , volta outra vez ...


in "MULHER INCESTO - SONATA E PRELÚDIO"




"É o espírito familiar do lugar
ele julga,ele preside, ele inspira
todas as coisas do seu império"


CHARLES BAUDELAIRE

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