O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, setembro 17, 2002

Eu ví uma rosa - Uma rosa branca - Sozinha no galho. No galho? Sózinha no jardim, na rua. Sozinha no mundo. Em torno no entanto, ao sol de mei-dia, Toda a natureza e, sombras e cores a sons resplendia Tudo isso era excesso. A graça essencial, mistério inefável - Sobrenatural - Da vida e do mundo estava ali a rosa Sozinha no galho. Sozinha no tempo. Tão pura e modesta, tão perto do chão, Tão longe na glória da mística altura, Dir-se-ía que ouvisse do arcanjo as palavras santas de outra Anunciação. Manuel Bandeira 

AMÉRICA

QUANTO CUSTA UMA GUERRA? “Cem mil a 200 mil milhões de dólares, ou euros, é quanto os especialistas admitem gastar na guerra contra o Iraque (...) a guerra contra o Iraque, diz qualquer especialista reputado, tem uma fase inicial de angústia de retracção de mercados e economias, mas rapidamente, pelos valores que estão em causa - baixos apesar de tudo - darão um incentivo poderoso à economia americana, e aos aliados que ajudarem, em todas as indústrias relacionadas com o aspecto militar, e que vão desde as fábricas de armamento à mais simples empresa de “catering”...Por outras palavras, e infelizmente, uma guerra, em que o vencedor está à vista, é sempre uma mais valia interna, devidamente contabilizada e estimada” (...) Luis Delgado - in Diário de Notícias QUANTO CUSTARIA A PAZ? O terror histórico da caricata América contra países de todo o Mundo não tem comparação com a queda das suas Torres Gémeas. A alienação do mundo e a hipocrisia dos governos e dos médias que exploram o ataque ao mundo "civilizado" e falam em "terrorismo" quando os americanos são os maiores criminosos da história depois de Hitler, não faz sentido a ninguém. Toda a gente já esqueceu Horoshima Nagasaqui e em vez de Hiroshima deram-nos a ver o aniversário da Merylin Monroe? Em vez de nos lembrarem do Vietnan e os horrores cometidos pelos soldados americanos mostram-nos os Óscares e as suas vedetas de silicone? Globo Terra Diz-me ó Musa, em que harém ou prostíbulo em que altar ou rua do mundo andas disfarçada? Em que outros mundos, ainda, altares e línguas Te vendem ó Mãe? Na mais vulgar imagem de plástico, nas praças, em revistas pornográficas, nos ecrans do mundo inteiro, como prostituta sagrada de um deus macho... Em que Aparição? de Lurdes, de Fátima ou de Medugorge. Nossa Senhora das dores e dos aflitos, branca e negra Mãe... Enfermeira antiquíssima dos loucos e dos poetas, Mãe da origem, credo de quantas nações? Marianos do teu culto, padroeira abençoada de Portugal. Ainda és torturada no Afeganistão, em África e no Iraque... Queimada viva, morta à pedrada e escrava, Mãe da divindade incarnada, do crucificado homem que te crucificou a ti também. Ó Mãe dos humildes e dos orgulhosos, dos ricos e dos pobres como pariste Tu esta Humanidade assim, saída do teu seio como serpentes venenosas, sem paz nem abrigo, arrogante e vaidosa? Ó Mãe do céu e da terra e do mar, que deste nome a Alá tu és o ventre sagrado, em que toda esta humanidada fragmentada se mata! Por umas miseráveis rupias, vende ainda o homem, na India ou na China a mulher_ filha e irmã ! Por milhares de dólares, libras ou pesetas, vende o homem armas que fabrica ao abrigo das políticas, polui o planeta inteiro por uma “economia” de mercado de um novo Império que se destrói-se a si mesmo e à raça que domina. "ANTES DO VERBO ERA O ÚTERO"

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