O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, dezembro 22, 2002



NA ALMA RESIDE O MISTÉRIO

"A primeira função do homem poeta é a descoberta do verdadeiro significado do seu eu. O poeta tem de se conhecer a si mesmo, tem de desvendar a sua alma "inteira". Não é do eu individual que se trata, nesta procura, (os que ficam por aí são os limitados autores a que Rimbaud chama "egoístas", que não ultrapassam o domínio do ego) trata-se da imensidade da alma, de por a descoberto e percorrer os seus mais longínquos limites, os mais profundos conteúdos, nem que para isso haja que a desregrar, desiquilibrar, tornar mesmo monstruosa. Ser "vidente", fazer-se "vidente" de todas as maneiras, para chegar a ser conhecedor de si mesmo, da "alma universal". Na alma reside o mistério. E vale a pena pagar todos os preços, mesmo o do crime, mesmo o da loucura, para se chegar a ele. Desvendar o mistério é chegar ao "desconhecido", e poder contemplá-lo e exprimi-lo é a suprema realização. O além ("là-bas") é o verdadeiro domínio do poeta, e a formalização dos conteúdos desse além a sua verdadeira missão." (...)

Y.K:Centeno


REPUBLICO ESTE TEXTO QUE ME PARECEU APROPRIADO PARA A ÉPOCA...


Se eu pudesse ou soubesse... Se houvesse uma maneira de descobrir ou inventar uma BOMBA DA PAZ!!!!

SE EU PUDESSE COLAR AO MEU PEITO UMA BOMBA QUE AO REBENTAR ESPALHASSE RAIOS DE AMOR E LIBERDADE, COMPREENSÃO E AFECTO, UM QUALQUER PÓ MÁGICO QUE FIZESSE COM QUE OS HOMENS EM VEZ DE SE ODIAREM E MATAREM UNS AOS OUTROS ...SE AMASSEM E VISSEM COM OLHOS IGUAIS, TODOS DEUSES, TODOS CONTENDO ESSA CENTELHA DIVINA...e caminhar para ela...

Sim, se essa centelha divina se espalhasse na terra em vez de ódio e guerra...

E aqui eu cheguei ao espectro de tudo isto, o diabo...são DIABOS OS HOMENS QUE SE MATAM EM NOME DE DEUS?
Mas é dessa ideia absurda de um DEUS não sei onde que nascem todos os ódios e demónios e diferenças e as raças se andam a matar há milhares de anos em toda a terra... cada um com o seu deus e o seu ódio e a sua guerra.

E se Deus fosse cada um de nós... se Deus fosse cada ser humano que matamos odiamos e desprezamos a cada passo?
Não há dúvida que somos todos CEGOS e SURDOS...tão cegos que matámos os Mestres que seguimos ainda cegamente...
E nem mesmo depois de Um Homem ter sido crucificado (E TANTOS OUTROS MORTOS) por acreditar na PAZ e no AMOR e ter sido exemplo de tanta doçura e compaixão, ele próprio traído, e depois, mais uma vez em seu nome, novos inimigos, novos crimes e chacinas destruiram ao longo da história milhares de irmãos.

Enquanto olharmos o "outro" como nosso inimigo, não conhecemos Deus.
Porque o Deus que inventámos é a maior blasfémia contra a Humanidade...
Em nome de um deus destruimos o Planeta...
Em milhares de anos nenhuma religião nos salvou.


ENQUANTO BUCH ESPERA QUE O NATAL PASSE PARA ATACAR O IRAQUE...
NÓS CANTAMOS TODOS EM CORO O "GINGOBELL"...

1 comentário:

Anónimo disse...

Com as mãos limpas
O rosto dela
Segurará a máscara

Ana