O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, dezembro 15, 2002

O FIM DE PORTUGAL?
OU O COMEÇO?


Fala-se no Fim de Portugal como entidade histórica, porque os pseudo valores de identidade estão a desaparecer com a crise económica e os ideais caducas ao nível do pensamento racional. Falam porque se vergam aos interesses económicos da União Europeia e da América e não percebem que outros valores se levantam...

Falam as sumidades de um fim cultural e identidade própria porque não sabem da nossa verdadeira identidade nem dos verdadeiros valores que nos insuflam o sentido de SER e que só os poetas e os visionários sabem interpretar ou podem vislumbrar...


"E este povo não resolve o seu problema de identidade, este povo não ganha clareza, enquanto funcionar apenas como uma entidade sócio-política! Enquanto o diálogo entre os seres estiver no nível reivindicatório! No nível entre classes, no nível... eu não sei!... Nem vamos entrar por aí. A situação, nesta zona do mundo, resolve-se quando as pessoas baixarem os brinquedos, pousarem os brinquedos e mergulharem realmente na bacia Psíquica, na bacia da Alma desta região!... E, aí, Portugal é um Sol! Deixa de ser uma Lua, que é o que ele tem sido, e passa a ser um Sol! Isto é, Portugal é Lua, no plano físico, no plano emocional, no plano mental, no plano intuitivo... ele é Lua nisto tudo. Portugal é Sol no plano Espiritual! É aí que se encontra o Vórtice Irradiador! Por mais que eu invente nos outros níveis, não funciona. Porque, não foi para isso, que a Engenharia Planetária gerou esta região e gerou este país."


André - Encontros de Belém

OFERTA

Galiza, terra irmã de Portugal,
Que a divina Saudade transfigura,
A tua alma é rosa matinal,
Onde uma lágrima da Deusa fulgura.
Terra da nossa infância virginal,
Altar da Rosália e da Ternura,
Dedico-te estes versos, que, uma vez,
Compus, em alto cerro montanhês.


TEIXEIRA DE PASCOAIS

Nota: espero que o poeta, lá do Alto, me perdoe a substituição do termo deus por deusa...

e para lhe dar voz, continuo com ele, cinquenta anos depois da sua morte...




(...)

Um sonho de que é feito? E a nossa imagem
Que tem na luz, um lívido recorte?
E a sombra que na água projectamos?
E o nosso espectro erguido além da morte?


E as saudades e as dores que sofremos?
E a voz e o som? E o os olhos que nos fita
Quando, à noit, dormindo, percorremos:
Não sei que misterioso e fundo abismos
.


NOSSA SENHORA DA SAUDADE ...


PORTUGAL NÃO MORRE SE ACORDAREM OS POETAS
CUJAS ALMAS NOS SEGUEM...
SE ACORDAREM O FEMININO NA ADORAÇÃO
QUE É A NOSSA ORIGEM E TERRA MÃE





Senhora da manhã vitoriosa
E também do crepúsculo vencido,
Ó Senhora da noite misteriosa
Por quem acordo, nas trevas, confundido.

Perfil de luz! Imagem religiosa!
Ó dor de amor! Ó sol e luar dorido!
Corpo, que é alma escrava e dolorosa,
Alma, que é corpo e redimedo.
Mulher perfeita em sonho e realidade.

Aparição divina da Saudade...
Ó Eva, toda em flor e deslumbrada!
Casamento da lágrima e do riso;
O céu e a terra, o inferno e o paraíso,
Beijo rezado e oração beijada.


TEIXEIRA DE PASCOAIS

ADORAÇÃO

(...) "E, Isto, foi levado para vários pontos e, em Portugal, ou melhor, nesta zona que hoje é Península Ibérica, foi colocado no quinto plano. No plano da Adoração. Um plano em relação ao qual nós não saberemos nada, enquanto uma partícula de Adoração não for vibrada por nós. Eu não falo do quarto plano, que é o intuitivo, que é onde nós chegamos com a Aspiração. E não falo do mental e do emocional, que é onde nós chegamos com disciplina. Com disciplina, tu arrumas o mental e arrumas o emocional. Ensinas o mental e o emocional a dançar com o que vem do Alto. Para isso serve a disciplina: para aprender a dançar. E a Aspiração leva-te até ao fim do intuitivo. A Aspiração torna-te silencioso e aprumado como uma flecha. Leva-te além do mental, como nós o conhecemos. A Aspiração leva-te ali: à beira, ao fim do intuitivo. Ao ponto mais profundo do intuitivo. A Aspiração constante. Cultivada constantemente.

Mas a Adoração é a única forma de penetrar no Mundo do Fogo que é o plano Espiritual, Monádico e Divino! Só a Adoração permite a passagem! A Adoração é isso. A Adoração ao que é adorável.

Quando tu tens um toque, em que há um feeling, em que há um sentimento que reúne tudo o que tu experimentaste na Terra, e transcende, e brilha, e tu dizes: eu quero ser aquilo! Então, as portas da Adoração estão a começar a ser conhecidas. E só pela Adoração, é que nós saímos do processo meramente intuitivo. Que é de receber inspiração, receber inspiração, receber inspiração... e quanto mais inspiração um indivíduo recebe, menos ele sabe o que fazer com ela. (Que é o que acontece nestas conferências.) Tu passas do nível intuitivo e do nível mental lúcido, para o nível Espiritual, não por conferência!... por Adoração!




Adoração! Isto é: AD-OR-AR! Tornar DOURADO! E levar ao OURO o ser. E isto está aqui! Não é uma coisa teórica. Existem, até, tratados sobre o assunto! Eu estou-me a lembrar de Rumi e de Kabyr, mas especialmente de Rumi, o poeta místico do Islão esotérico.
E este campo, da adoração, este levar até ao ponto em que eu não aspiro apenas, mas Adoro, eu começo a entrar nos coros Angélicos do plano Espiritual. A Aspiração é um acto viril, de atravessar para além do conhecido. A Adoração é um acto feminino de saber-se única e exclusivamente Câmara de revelação do Divino. Como a câmara fotográfica. A Adoração é esta autoconsciência. Consciência de si, como uma câmara de revelação do Divino."


Encontros de Belém - André


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