O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, janeiro 26, 2004


DEUS OU A DEUSA...

NÃO HÁ NO ETERNO, GÉNERO, COMO NO HUMANO...

"Nada existe de pensável que não arranque a sua origem de uma origem comum a tudo o outro que de pensável exista; floresce por terra e céus um jardim cuja raiz é a mesma; o que se faz por um ou outro lado, por mais diferente que pareça, não é senão aspecto diferente da mesma essência e da mesma existência de Deus.
(…)
O que se quer é a totalidade de um homem (ser humano) em potência lutando pela totalidade do homem em acto; o ser batendo-se pelo seu direito de ser; e continuamente protestando, pela cuidadosa observância dessa sua totalidade, contra os que vêm e, segundo as velhas artes demoníacas, de novo querem separar o que se viu unido.
(…)
No fim de contas já é tempo de que a atitude a tomar seja uma atitude de conjunto e não uma atitude de fragmentação. Demasiada tendência temos nós tido, levados por interesses, por impulsos e pelo tal peso das fatalidades, para ingressarmos num grupo contra outro grupo, para nos alistarmos naquela política de cabila que em geral encontramos em todos os países da Terra.
Chegou a hora de irmos por um caminho diferente…"


AGOSTINHO DA SILVA, “Textos e Ensaios Filosóficos”
Círculo de Leitores, 2002
Excerto tirado do Blog: ORDEM NASCENTE

Sem comentários: