O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, janeiro 26, 2004

A UMA MULHER PORTUGUESA que me lê

Minha amiga:

Voltei aqui para lhe dizer que visitei diligentemente cada um dos Blogs que me aconselhou e gostei. Só lhe posso dizer que sei do que falam. Mas agora que já não sou jovem nem romântica...nem procuro mais ninguém que dê sentido à minha vida...só posso apontar para uma causa comum, que não é subjectiva, nem pessoal. Mas amor da Deusa e da Mulher ancestral...da Mulher inteira e liberta, um SER TOTAL, independentemente de quem ama ou como ama à flor da pele...

A minha causa é a da Deusa-Mulher...
Mãe, amante, filha, irmã, velha, nova, criança, negra ou branca...
É ao Feminino por excelência, o Eterno, que eu apelo, como quem apela à Grande Mãe, a mesma dos cultos pagãos ou a da adoração à Virgem Santa e Rainha Mãe dos católicos...
Com toda a ternura humana, digo-lhe que amo as mulheres do meu pais e do Mundo!
Sem sombra de pecado ou preconceito!

Para mim só não existem diferenças de pele como não existem diferenças de sexo...
Para mim, não há pretos nem brancos, ricos ou pobres, nem gays nem lésbicas...
Há só uma raça ao cimo da terra, há só uma sexualidade, como só há um ar que respiramos...e é desse ar, éter ou prana que se trata...da essência. Do Amor sem equívocos, do Amor que nos transcende e às causas ou crenças!

As diferenças humanas são irrelevantes face à maturidade. Quando um ser humano for um SER HUMANO, não haverá lugar para lutas de diferenças; a meu ver teriamos de a partida lutar para sermos apenas todos seres humanos, ainda que primeiro tenhamos de elevar à Mulher à sua condição de paridade com o homem.


Se quiser ler um pequeno texto meu sobre, "Sexualidade e o Princípio feminino", visite:
MELUSINE (OU L'ANDROGYNE)...

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