O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, abril 25, 2004

- BUSCAMOS O AMOR DE ALGUÉM
ou o AMOR DE UM/A DEUS/A...


O desejo do amor exclusivo de alguém é talvez um sintoma de doença na humanidade, um estigma que nos marca à nascença neste mundo. Por mais que tenhamos consciência dessa quase anomalia ela continua como um registo inconsciente, celular, impossível de descartar por vontade própria, assim só porque disso temos consciência ou intuição...Pode levar uma vida inteira a superar este anseio ou sonho, ou quem sabe muitas vidas... À partida, a busca da mãe ou do pai, no amante, a necessidade do consolo ou do abrigo, da protecção...de defesa, seja pois do amante quer na mulher quer no homem, é sinal da nossa separabilidade e incompletude, por isso todos queremos voltar aos braços de uma Mãe Maior ou ao seu útero, ou simplesmente à origem - que no fundo é o AMOR que todos procuramos - e essa é certamente a grande dor e a grande caminhada na terra e a razão porque nascemos presos por um fio, um cordão umbilical e procuramos toda a vida o prolongamento desse fio no Fio de Ariana, ainda a Mãe, a mulher-deusa deus-amor...que nos faça sair do Labirinto, ou da nossa cegueira congénita...

A ALMA E O ESPÍRITO

Atingir a plenitude do SER EM SI essa seria a grande realização e fim último de cada ser humano...
Mas, O GRANDE apego à matéria e ao corpo com a qual nos identificamos e de que nos temos de “desapegar” para voltar a origem, impede-nos de ver mais além dela! Sentir mais e para além dos limites dos nossos sentidos, e da razão claro, abarcar novos “sentidos” através da intuição - do coração inteligente - e estabelecer a ligação interior – porque o que está em cima é igual ao que está em baixo - com o cosmos, ligar a nossa Alma do corpo à alma do Espírito, a Chave que nos abre o nosso potencial enquanto Energia que nos liga à Essência e à Consciência Superior do Cosmos em nós. Isso é o mais difícil e afinal nascer é como que uma armadilha ou de facto uma crucificação...Carregamos uma cruz e sofremos a flagelação...na carne, na mente e nas emoções. É o apego a posse a ganância a gula o desejo...que mais nos faz sofrer sobre a terra - assim diziam os Mestres - e por causa dessa ânsia de ter e possuir, agarrar à força, destruímos tudo quando não temos ou que queremos, logo em criança ao destruir um brinquedo por raiva e frustração...

Adultos, matamos depois outro ser humano se ele nos impede de ter o petróleo ou o ouro que queremos só nosso... ou só porque ele tem e nós não...

Somos assim todos do mais baixo grau ao mais alto, todos queremos conservar o que é “nosso” e assim se estabeleceram leis e propriedades privadas...defendemos sempre o que julgamos nosso do perigo alheio e de quem nos quer roubar seja o afecto seja o dinheiro seja a mulher o carro ou a carteira! Afinal não possuímos nada e acabamos por morrer tal como nascemos: de mãos vazias, reis, ricos, pobres, estúpidos ou inteligentes...

Nada neste Mundo é nosso...e no entanto, dividimos o mundo e odiamo-nos e matamos por isso...
Tudo começa em crianças...


AMAR A NATUREZA E A VIDA

Tudo depende do Amor da Mãe, do respeito que se tem pela Vida e pela Natureza e isso não pode acontecer sem o respeito pela nossa mãe e pelas mulheres em geral...porque é aí que está a primeira desigualdade e o primeiro trauma para as crianças nas sociedades quer no oriente quer no ocidente. Temos de compreender que o mundo dividido inicialmente pelos homens em beneficio próprio, com exclusão e exploração da mulher, não trouxe nada de bom para o mundo. Por mais simplista que isto possa parecer deriva daí a meu ver toda a violência e miséria do mundo. Quando a Mulher atingir o patamar de dignidade em todo o mundo e em paridade com o Homem criar uma nova sociedade equalitária, então sim poderemos ter paz e liberdade. Antes disso as democracias não passam de mentiras elaboradas e em decadência . As revoluções revolveram leis e instituições, mudaram os nomes das coisas mas não mudaram nada em essência, nem nas consciências.

Tudo depende da Consciência Universal (o Uno+Diversos) do Ser humano. Creio que quando os dois princípios do universo - feminino e masculino - se unirem de novo a Humanidade terá paz .
Yin e Yang, luz e sombra...Sol e Lua, Mulher e Homem na plenitude do SER Superior.

Só esse pode ser o caminho!
UM NOVO RUMO PARA TODA A HUMANIDADE

Sem comentários: