O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, maio 31, 2004


"Dignidade ou vergonhosa abjecção, nada afectará aquilo que os implacáveis triunfadores decretam, tornando-se a si próprios numa força da natureza. Tão inacessíveis à piedade como o vulcão."

A CLEMÊNCIA é o que mais precisamos...

"A clemência é o que nos eleva acima das nossas naturezas, sempre bem dotadas de sentimentos cruéis. A clemência, que não é o mesmo que o perdão, significa não fazer o que a natureza, o interesse próprio, nos dizem termoe o direito de fazer.. E talvez tenhamos esse direito, assim como o poder. Mas como é sublime não o fazermos apesar de tudo. Nada é mais admirável que a clemência."


in "O AMANTE DO VULCÃO" - o livro
de SUSAN SONTAG

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