O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 14, 2004

A OUTRA VERSÃO DA ORIGEM DA MULHER:
A DO MITO GREGO


Dilemas do Género

“Zeus zanga-se novamente. Decide desta feita dar aos homens, como forma de resposta, um mal: a mulher. Os deuses talham uma criatura artificial, que se encontra na origem do genos das mulheres, destinada a instalar-se e a habitar no meio dos homens para grande infelicidade destes. O género das mulheres traz aos homens a avidez do desejo, o fim do contentamento e da auto-suficiência. Uma outra variante desta mesma narrativa tornará ainda mais precisa a imagem e a ideia, dirá que a primeira mulher se chama “Pandora” que possui uma caixa fechada de onde deixará estupidamente escapar todos os males que pesam sobre os homens”. (...)

in A alma é um corpo de Mulher - Giula Sissa

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