O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, agosto 07, 2004

"Nossa tarefa, portanto, enquanto homens e mulheres, é não só libertar-nos das jaulas familiares e das disposições mentais colectivas como libertar os seres transcendentais da prisão e do transe."
Robert Bly


AS MULHERES EM FÚRIA...

«A autonomia é o estado de integração em que uma pessoa se encontra em plena concordância com os seus sentimentos e as suas necessidades. Em geral, entendemos outra coisa por autonomia, a saber, algo relacionado com a afirmação da nossa importância e independência.» (p. 17)

«É um paradoxo o facto da luta interior pela salvaguarda da própria autonomia poder traduzir-se em desesperados esforços de adaptação e sujeição, bem como num comportamento autodestrutivo. Por isso, a forma da autonomia se exprimir pode ocultar ao observador a sua existência ou o facto dela constituir uma força vital fundamental. É esse o caso onde quer que não haja consciência da existência da autonomia, onde esta seja encarada com indiferença ou rejeitada expressamente. Em sociedades que reclamam obediência, conformidade e dependência como moeda de troca pelo amor, não pode surpreender que o papel da autonomia como o factor integracional mais essencial para o desenvolvimento humano seja negado ou, ao menos, escamoteado.»
(p. 28)

in A TRAIÇÃO DO EU Ardo Gruen

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