O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, janeiro 13, 2005

"Os votos das mulheres não se dão. Usam-se estratègicamente, para premiar ou castigar os resultados e os exemplos: A nível nacional, regional e local e europeu.”

A PROPÓSITO DAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES...

(...) “Os partidos proclamam que só graças a eles a mulher não é mais descriminada nem mais explorada, nem mais violentada. E continuam a descriminar as mulheres.
(...)
Nas sociedade mais democráticas, os mecanismos egualitários, são permanentemente actualizados e afinados, para o rápido sucesso da igualdade/paridade. Na nossa sociedade, os progressos são de lesma. A convergência acelerada para níveis igualitários é rara na agenda política e na agenda dos media. As palavras abortam as acções. Para descriminação e para as vítimas da violência de toda a espécie, não faz sentido falar do dia da Mulher, mas da vida das mulheres. Das descriminadas, violentadas e violadas. Das idosas atoladas na pobreza, exclusão, solidão, no inferno das bichas de espera e insuficiência de pensões. Das divorciadas vítimas da inificácia de tribunais e abusos dos ex-maridos."

(...)
De Teresa Ribeiro da Cunha (Membro do European Women Lobby)
Excerto de artigo em “Ponto de Vista” in D.N. 2004)


NOTA À MARGEM:

Por mais asco que os políticos e a política me dêm, por mais repulsa que a sua cegueira e oportunismo em se servirem da mulher e do "povo" ou aberrantes criaturas falarem em nome de Portugal, ainda é maior a minha repulsa pelos padres que falam em nome e defesa da família, das mulheres ou das crianças, pois não têm que se imiscuir na vida pública e muito menos avaliar da vida conjugal que não têm ou da liberdade de escolha da mulher que eles condenaram à inferioridade social e espiritual através dos seus dogmas e tabus! Preguem aos que frequentam e aderem às suas igrejas, mas não à sociedade civil!
Sempre que ouço e vejo um padre, apesar de engravatado, a falar na telivisão fico arrepiada e só me lembro da Inquisição...
É concerteza a minha memória ainda viva das fogueiras...


R.L.P.

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