O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, março 03, 2005



"De Vergílio Ferreira este trecho delicioso, escrito no dia 28 de Novembro de 1994:

«Vai assanhada a guerra contra o aborto. E a Igreja Católica leva o pendão. Mas há aqui um enigma que não decifro. Suas reverendíssimas são contra o aborto porque ele é um atentado contra a vida ou seja a obra de Deus. Mas Deus dotou-os de um instrumento para a fabricar e eles insultam a divindade sobrepondo-se aos seus desígnios com o celibato, ou seja proibindo drasticamente a utilização desse instrumento que Deus lhes deu. Então como é que é?»

- Roubei do Blog A Revolta das Palavras, como diz António Barreiros, este delicioso trecho. JÁ LÁ VÃO 11 ANOS...

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