O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, janeiro 13, 2006

>JÁ TINHA SAUDADES DA MINHA BRUXA...
E PORQUE HOUVE UMA QUE ME LEMBROU QUE HOJE ERA SEXTA-FEIRA TREZE,
O MEU DIA FAVORITO...


Por Luna Negra
"...Desde tempos imemoriais, as bruxas e feiticeiras têm sido retratadas no imaginário popular como mulheres velhas, feias e más. Para muitas pessoas, porém, essa é uma visão distorcida e estereotipada que jamais correspondeu à realidade, tendo sido resultado de séculos de repressão judaico-cristã, que promoveu a perseguição, tortura e execução de milhares de mulheres (e também de muitos homens) acusadas de bruxaria.

As temidas bruxas medievais seriam, na verdade, simples mulheres camponesas, que por viverem em intenso contato com a natureza, eram conhecedoras das ervas medicinais, que podiam tanto curar como também matar. Conheciam as ervas abortivas e contraceptivas, o que as permitia exercerem livremente sua sexualidade, fato que por si só já era considerado crime e pecado. Possuiam uma cultura pré-cristã, e a crença em deusas e deuses pagãos, sendo por isso identificadas como hereges pelas autoridades eclesiásticas.
As raízes da bruxaria remontam ao período paleolítico - 100.000 a 10.000 a.c. - quando a humanidade cultuava os aspectos de fertilidade e fecundidade da Mãe Terra, aquela que gera a vida. Para os povos do paleolítico, a Terra era sagrada e misteriosa, pois dela nasciam os grãos, os frutos, os animais e os humanos. O papel do homem na fecundação ainda era totalmente desconhecido, e por isso a mulher era vista como um ser mágico, digno de profundo respeito e admiração, pois, como a Terra, era por si mesma capaz de gerar e nutrir a vida.
Acredita-se que nessa época a humanidade vivia em comunidades matrilineares, onde havia, sobretudo, uma profunda igualdade entre os sexos, anterior às desigualdades de gênero impostas socialmente.
lllO aspecto feminino teria sido, então, divinizado, estabelecendo-se assim o culto da Deusa, a grande mãe, que consistia basicamente de ritos e símbolos de fertilidade. Através de danças mágicas, transes xamânicos e desenhos de animais em grutas e cavernas, assegurava-se a fecundidade das espécies humana e vegetal."
(...)


(Exerto tirado de: www.cosmicadesign.com.br/ etno/bruxas/bruxas.htm)

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