O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 13, 2006

Canta, meu coração, os jardins que não conheces;
Jardins como que vazados em vidro, claros, inacessíveis.
Água e rosas de Ispahan ou de Xiraz,
canta-os ditosos, louva-os, a nenhum comparáveis.

Rilke



O MEDO DE VÉNUS...
(Enviado por um leitor)

O patriarcalismo teve medo de Vénus e inventou a castidade que transformou o medo em soberba.(E do Amor gritou-se o escândalo) Chico Buarque.

A odiosa arrogância de crer-se superior às regras da Natureza gerou a confusão, fabricou monstros e infelicidades. Venus nua emergente das espumas do Mar gerou o pânico entre os deuses do Olimpo; a filha do Deus do céu, Urano entrava na Psique humana. O Deus do céu longíquo e castrado buscava uma maneira imprevisível de reentrar no mundo terreno. Uma maneira humilde, sem armas, de manter vivo o Amor.

Homens e deuses abusaram d'Ela, mas o seu trabalho no fundo dos corações transmigrantes continua para sorvermos o pouco de sumo que temos.
josè | 11-03-2006 14:00:07

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