O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 13, 2006

O MUNDO DOS HOMENS
DESCRITO POR UM ESCRITOR,
FRUTO DA SOCIEDADE PATRIARCAL


(...)
”O mundo é um território hostil e perigoso. Vivemos em território inimigo continuamente. Quem se descuida, quem é preguiçoso, que adormece é vítima do mundo que o rodeia.
(...)
O ser humano tem que estar preparado para o pior. É o preço que se paga por estar no mundo. Temos de aceitar isso da mesma forma que buscamos e aceitamos a felicidade e a utopia de que nascemos para nos amarmos e beijarmos na boca uns aos outros.
(...)
O ser humano é um filho da puta. Assumamos esta realidade e aprendamos a viver com ela. Este é o ponto de partida dos meus romances. Os meus romances são verdadeiros manuais de sobrevivência."


Arturo Pérez-Reverte
Março de 2006 intrevista a um jornal?)
««««««««««««««««
A Humanidade homem dominando
a outra metade mulher…


Fico sempre penalizada e até indignada quando penso nos pequenos grupos humanos que se unem nas suas diferenças reivindicando visibilidade forçada ou casamentos homossexuais e adopção de crianças, direitos iguais e que lutam tão árduamente e em vão por causas tão pequenas como o são a sexualidade em si e as ideologias e a luta de classe...face a uma sociedade paternalista, antagónica, cujo Princípio (masculino) é o da discriminação e supremacia de um sexo sobre o outro e o domínio sobre os mais fracos,

Tenho imensa pena que não vejam um pouco mais longe da História viciada e do materialismo utópico, indo à causa profunda e remota, a origem dessa divisão que vem da própria sociedade patriarcal que torna os homens inimigos uns dos outros e que baniu as mulheres e que na sua estrutura e funcionamento não permite qualquer “igualdade” a não ser teoricamente como o fez o comunismo só com os homens ainda, e supostamente nas democracias, porque sem mudar as mentalidades e os valores de base, NUNCA poderão mudar verdadeiramente mesmo que mudem os seus códigos e leis!
Pessoas tão inteligentes e tão válidas não vêm que todos somos vítimas do mesmo erro, logo ao nascer, se somos homens ou mulheres, nessa divisão inicial bárbara da mulher em inferior e feita escrava e vendida como objecto sexual. Não verem ainda que a Humanidade é apenas uma metade vigente e que a separação da raça em espécies e classes e a divisão dos sexos começou com a divisão da mulher em duas, como digo aqui tantas vezes entre a santa e a puta, causa de todas as diferenças porque cada uma dessas mulheres gera filhos diferentes, consoante são filhos do Pai ou filhos da mãe ou da puta….

Haverá pior ofensa para um homem do que outro homem o chamar “filho da puta”?

Porque a Mãe deve ser casta e submissa ao marido e à instituição casamento, e portanto nunca infiel…porque se o for é morta à pancada (violênia doméstica por suspeita de infedilidades e outras causas) ou apedrejada nos países muçulmanos, tudo porque a Mulher não tem identidade muitas vezes, nem é Senhora de si, mas subalterna e despersonalizada face ao Estado e à Religião que a converte em fêmea reprodutora, objecto sexual e a Igreja em pecador e anátema…

Reside porém na Deusa, no equilíbrio dos Princípios e portanto na Mãe e na Mulher a esperança de uma novo mundo e o segredo profundo da liberdade e da justiça como devir histórico. Quando todos compreendermos que a principal e talvez única causa a combater entre os homens é essa separatividade que faz com que uns sejam filhos de Algo, seja o Pai seja Deus e os filhos de mãe (solteira) são condenados a filhos da puta...termo que em princípio designa a Mulher Livre ou independente que não se submeteu à instituição do casamento ou que sendo pobre é eventualmente forçada a vender o seu corpo, ou que o faz como opção degenerada, gerando filhos que são ilegítimos à face da lei e assim nascem os bastardos, nascem os ricos e os pobres e se fazem uns bons e outros máus ou marginais...Assim se fazem os transsexuais e os pederastas. Assim se fazem os pedófilos, os agressores, os violadores e os criminosos.
Uma Nova Ordem e a Natural Ordem do Mundo é que todos tenham uma Mãe Amante e respeitada e não uma pobre coitada, espancada ou anulada e desprezada pelos homens , inferiorizada pelas leis de políticos pederastas ou misóginos!

A liberdade de todos os seres está na Nova Consciência do Ser Mulher e no restabelecimento do Princípio Feminino pela totalidade e dignidade do seu SER e assim a liberdade de todo o ser humano. E não é a cor da pele, nem a preferência sexual que provoca a diferença, mas o Amor da Mãe e da Mulher posto em causa e a sua dignidade ultrajada na forma como é tratada em casa e no trabalho, sempre subalternizada ou inferiorizada na sociedade patriarcal há milhares de anos.

Todos os esforços de grupos minoritários, quanto a mim, a pedir igualdade de direitos, paridade, de nada servirá enquanto o Princípio Feminino não for integrado pelas sociedades, pelos homens e pelas próprias mulheres!

Sem comentários: