O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, maio 26, 2006

Como em todo o mundo o patriarcalismo teme
uma tomada de consciência das mulheres…


Código da Vinci:
Igreja católica contra-ataca


“Na Europa e em locais onde a laicidade do estado impede que a Igreja tenha sequer ilusões sobre o sucesso da sua pretensão de censurar o Código da Vinci, esta pretende uma indiferença (mal conseguida) e opta por supostamente desvalorizar «o fenómeno 'O código Da Vinci'».

Apenas nos locais onde a conjuntura político-religiosa o permite, a verdadeira posição dos responsáveis católicos face ao fenómeno da Vinci é revelada. Já aqui indicámos o desvario católico em relação ao filme na Índia, em tudo análogo ao desvario muçulmano na guerra dos cartoons, agora actualizamos a informação com mais locais onde o poder político da Igreja de Roma impôs a proibição do filme.

Hoje foi noticiado que o presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapakse, ordenou à Comissão Nacional de Espectáculos Públicos (PPB) que proíbisse a estreia do filme nos cinemas do país.
(…)
De igual forma, o filme foi banido na Samoa, o arquipélago considerado o «cinturão biblíco» do Pacífico, por pedido do arcebispo local, Alapati Mataeliga, e restantes dignitários integrantes do Conselho de Igrejas da Samoa.


DIZEM:

«O filme destrói o cerne da crença cristã e o Conselho de Censura, dando luz verde à sua exibição pública, confirma a sua insensibilidade à nossa cultura».”


(In DIÁRIO ATEÍTA - http://www.ateismo.net/diario/)

O que os patriarcas temem num simples filme…

A QUEDA DA “CULTURA” DE OPRESSÃO, EXPLORAÇÃO E ASSASSÍNIO DA MULHER…


O único perigo do filme é realçar a eventualidade de um ressuscitar da linha matrilinear e a descendente de Cristo ser afinal uma mulher concebida pelo amor de um Mestre e tendo sido Maria Madalena não a “proscrita e pecadora” – como a fizeram intencionalmente retratar nas Escrituras - mas a Escolhida e sucessora de Jesus…
Ainda o pavor ANCESTRAL do acordar do Arquétipo da Deusa Mãe e do verdadeiro poder interior da mulher enquanto representante das forças cósmicas e telúricas, factor PRINCIPAL E RELEVANTE NO LIVRO que desencandeou pela parte das mulheres uma adesão consciente ou inconsciente ao livro como uma forma de SENTIR restabelecida uma certa justiça por uma anulação e esquecimento sofridos ao longo de milénios…

Mãe é a Terra e a Terra é o grande Útero que abriga toda a Humanidade e os homens fizeram das mulheres os seus “bodes expiatórios”…

Os homens tratam a Terra Mãe como tratam a Mulher…
Tal como a mulher a terra é prostituida, violada e vilipendiada, torturadas as árvores, os animais mortos e escravizados aos seus sistemas de agressão, ganância e violência. A Terra é destruída e dizimada nos seus representates a Flora e a Fauna para usufruto egóico do homem, único animal predador que não respeita nada a não ser o “ouro” o lucro e o dinheiro!

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