O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

A IGREJA METE-ME NOJO

Um testemunho...

Ao ver tanta falsidade da parte da igreja em relação ao aborto, a intervenção dos padres e a beatice deste povo, apetecia-nos soltar o nó que tenho na garganta para lhes dizer ou gritar que se eu soubesse o que ia passar de horror nas suas mãos (de deus?)teria feito um aborto!
Quando há 29 anos eu não o fiz, e decidi ter uma criança, quando o pai se esteve nas tintas para mim acusando-me de eu querer era casar com ele, eu mandei-o passear não querendo nada dele por dignidade. Mas a igreja-madrasta e má, através de um padre de vestido comprido preto, no meio do sermão, no dia da missa começou falar contra as mães solteiras e quanto fui tomar a hóstia recusou-ma dizendo que eu não estava em condições de comungar, porque estava grávida... Enquanto isso as freiras olhavam para mim com olhar reprovador e as beatas deixaram de me falar na rua.

Quando procurei trabalho não me quiseram dar ou o patrão fazia-me logo propostas indecentes e a senhoras “sérias” e casadas passaram a olharem-me de lado, eu uma miuda de vinte anos, completamente assolada por uma sociedade hóstil e atrazada. Quando me apercebi inclusivé que o meu estado estava a prejudicar as minhas irmãs, resolvi deixar a Iha... Vim para Lisboa e passei por tudo e até fome. Ao ver-me longe de minha mãe e da minha terra senti-me tão só, tão horrorizada que nem me quero lembrar do que passei.
Procurei ajuda numa igreja, tão grande era o meu desespero e abandono e o que tive foi um monstro de desumanidade a escorraçar-me como a um animal. Mas não, não quero nem falar do padre para não ter que contar outros podres...

POR ISSO DIGO, QUE POR TUDO ISTO EU TINHA DE TER FEITO UM ABORTO, TERIA SE CALHAR A RISCO DA MINHA VIDA SOFRIDO MENOS…É POR ISSO QUE DIGO AOS PADRES E ÀS BEATAS QUE ME JULGARAM E ME ABANDONARAM: TENHO NOJO DE TODOS VOCÊS...NOJO DA VOSSA HIPOCRISIA!

PODERIA DIZER MUITO MAIS, MAS FICO POR AQUI
h.a.a.

1 comentário:

VMS disse...

Que historia interessante, pena que você pediu ajuda a pessoa errada, não devemos esperar nada de bom de homens porque eles falham muito, peça a DEUS, se você crer Ele pode até usar um desses homens.

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Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Mateus 6:33