O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

O QUE OS HOMENS PENSAM DAS MULHERES

"Ouvi isto num debate a que assisti esta semana: 'Estou-me a marimbar para as mulheres, se vão presas ou não. Quero saber é do que está lá dentro'.


"Gostaria de chamar a atenção do senhor que disse isto e de todos os que como ele 'se marimbam para as mulheres' para o facto de não ser possível querer saber do que está 'dentro' das mulheres sem querer saber das mulheres. Além disso, queria alertar este senhor para o facto de que, quando se põe a hipótese de enviar as mulheres para a prisão, ou seja, quando elas estão a ser investigadas e julgadas, 'aquilo que está lá dentro' já lá não estar.

Querer saber do que está ou pode vir a estar 'dentro' das mulheres implica pois querer saber das mulheres. Não há outra maneira. É precso querer saber das mulheres antes, durante e depois. É preciso querer saber o que pode fazer a diferença entre a realidade que temos, a dos milhares de abortos clandestinos, dos milhares de complicações abortivas, das mulheres e raparigas mortas e da meia dúzia de julgamentos, e uma outra realidade."

(...)
Publicado por fernanda câncio
NO BLOG DO SIM

Está provado que para os do NÂO e sobretudo para esses "homens" nós somos mesmos barrigas de aluguer, ou propriedade privada...

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