O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, março 29, 2007

EU BRUXA ME ASSUMO POR CONTA E RISCO...

EU GOSTAVA IMENSO DE FAZER UM PROGRAMA DE TELEVISÃO PARA TODAS AS MULHERES SEM TANGAS DE NENHUMA ESPÉCIE...MAS A MIM É CLARO NÃO ME DÃO TEMPO DE ANTENA E MAL ME DISTRAIO LÁ ESTÃO A ACENAR COM AS SUAS FOGUEIRAS A ARDER...

Sim, sempre que uma mulher tem um discurso algo diferente dos homens, (racional e objectivo) e não for este estereótipo habitual que é o seu travesti - é alvo de chacota e perseguida ou marginalizada pelo fantasma do histerismo...
é LOGO APELIDADA DE BRUXA E MEGERA...
Basta à mulher ser convincente e apaixonada para a acharem exagerada e mandam-na logo calar... os maridos em casa e os políticos nos partidos... E assim fica uma mulher sem alma uma mulher sem inteligência (mesmo sem ser loura!) ou sem capacidade de uso da razão-emoção, opondo-se-lhe a mulher executiva e esperta, a escritora de sucesso ao serviço dos media e da mediocridade, dos patrões e dos chefes ou editores. E se assim não for é feminista ou de sexualidade suspeita. Em todo o caso duvidosa. As próprias mulheres têm medo de falar dos seus reais problemas com receio de serem vistas como feministas e por isso mesmo ridicularizadas. Dete modo, o discurso e o posicionamento das mulheres ou mesmo "programas para mulheres" é todo feito para agradar aos homens e assim acabam invariavelmente por escolher estas coque-lixos e que não são mais do que um envólucro de mulher e os representam só a eles e a sua hegemonia neste paradoxo cada vez maior na mais patente ignorância do verdadeiro Feminino!

Sem comentários: