O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, abril 24, 2007

O ERRO DE DESCARTES...


“Nem a impressa nem a ciência têm um respeito verdadeiro pelos sentimentos existentes no mundo. Cada uma delas prefere observações colectivas, e designam esse consenso por “factos”. É como se os cientistas e os jornalistas nunca se permitissem a si mesmos serem simplesmente humanos. De facto, eles é que são os alienígenas da sociedade humana, procurando estabelecer por via do consenso uma nova raça dependente deles, que não possuem qualquer capacidade de sentir. Se uma pessoa não for “racional” pela sua definição ou com inclinações científicas, passa a ser votada ao ostracismo.”
el camino - SHIRLEY MACLAINE

Por isso nada há a esperar das mulheres intelectualizadas, elas pactuam inteiramente com o sistema patriarcal sem saber…foram formadas por eles e nas suas faculdades, falam a mesma linguagem, são "as gajas"( as que vão para a cama e nem é preciso casar ou pagar...) e até concordam com a exposição e abuso sexualizante do seu corpo – como forma de emancipação dos tabus e preconceitos religiosos - (mas imaginemos os homens nas mesmas figuras – de rabo para o ar exposto em cartazes… sim a coisa é mais complexa e isso as suas cabeças de homem (as intelectuais só usam o lado esquerdo do cérebro…cometem “o erro de Descartes”) não atingem, digo os seus corações: as emoções estão esterilizadas, a sua sensibilidade entorpecida, a sua intuição castrada.


PRODUZIR-CONSUMIR E MORRER

Era preciso terem a noção (dada pela intuição – lado direito do cérebro) em si mesmas e isso negaram-no logo à partida, da dimensão do sagrado ou de um Eu superior (a união dos dois hemisférios, feminino e masculino) e reconhecerem a (sua) essência do feminino (que existe tanto na mulher como no homem) da qual estão totalmente perdidas para poderem compreender a forma como são arrastadas na sua própria alienação.
As feministas em geral também não têm qualquer noção da sua dimensão ontológica (despojadas da sua antiga sabedoria inata, são só materialistas...) e são fruto depurado e ridicularizado da sociedade patriarcal e querem apenas reinvindicar os mesmos direitos e “igualdades”…A prova é que vão para a guerra e para a polícia ou política com muito orgulho. Elas não vêm o absurdo, (porque estéril também) dessa luta, tal como os homossexuais que querem casar!, e como foram ilusórias as suas conquistas (continuarão a servir o sistema) e como esta sociedade e as suas leis, é fundada precisamente sobre a diferença e a desigualdade, fundada na supremacia do mais forte (o macho) e como a mulher lhe é - quer ela queira quer não – sempre subalterna em tudo, mesmo que seja a fada do lar de dia e de alguma noite, é sempre a "mulher a dias" toda a semana, quer do marido, quer do chefe (de redacção...) ou dos padrões. Vista-se na Zara, seja gorda ou use Dior…

As mulheres ditas "emancipadas" estão tão cegas para si mesmas como as outras e nem vêem a sua realidade, mas aquilo que acreditam...ou aquilo que as fizeram crer...

O sistema é feito para isso: para controlar e alienar as pessoas da sua essência, nomeadamente as mulheres, claro. A sociedade capitalista, globalista ou comunista é (ou era) feita para produzir-consumir-morrer. Sem mais nada!!!
Um sociedade de homens para homens. rlp

1 comentário:

juntosomosmais disse...

Olá. Estava a pesquisar sobre o livro de António Damásio acerca de Descartes. Permite-me discordar do que escreveste ( espero que não leves a mal). " E como foram ilusórias as suas conquistas ( continuarão a servir o sistema)" , será?
As mulheres hoje, podem votar, podem ter uma vida muito mais independente do que outrora e serem felizes com isso. Todas as conquistas são verdadeiras, existem, efectivamente existem! Continuarão a servir o sistema? Cada um fala por si. Só serve o sistema quem não luta contra ele e não me parece que seja verdade neste contexto. " A sociedade capitalista, globalista ou comunista é ( ou era) feita para produzir - consumir - morrer." Desculpa, mas colocar sociedade capitalista juntamente com comunista é um erro tremendo. A sociedade comunista feita para produzir-consumir-morrer? Não será lapso?
Para além de tudo isto, é tão irónico se a pessoa que escreveu este texto é efectivamente uma mulher. Acredita na humanidade? na luta por um objectivo?
Se quiser responder, tenho blog http://dream1928.blogspot.com