O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, setembro 25, 2007

calam-nos...


Igaci disse...

Rosa, em todas as esferas o que se quer é calar a mulher. Privá-la do diálogo, do questionamento, mantendo-a dócil em seu lugar. Na moda, calam-nos com a preocupação exagerada com a vaidade e o corpo incutindo desde cedo que o nosso maior bem é o nosso físico.


Calam-nos nos dizendo que somos misteriosas, impenetráveis, insondáveis, adjetivos que só servem para nos caracterizar como diferentes e impossíveis de se entender: "Não adianta saber o que querem as mulheres, pois são misteriosas..."

Calam-nos quando nosso corpo é mostrado em revistas, em vídeos e em todo lugar como mero pedaço de carne.

Calam-nos quando renegam os nossos processos naturais, nosso ciclos que são sujos, fedidos e que a todo custo tem que ser escondido e só mencionado quando precisam vender desodorantes íntimos, absorventes ou drogas.

Calam-nos quando reinvindicamos divisão dos trabalhos domésticos, e por ousarmos levantar a voz, somos acusadas de loucas, de histéricas em constante estado de tpm.

Calam-nos em nossa espiritualidade, pois em todas as religiões somos meras coadjuvantes e seguidoras, nunca as líderes, as guias ou as mestras...

Calam-nos com a violência sobre os nossos corpos e a impunidade dos agressores.

Calam-nos em todas as esferas e de todo jeito.


E só mesmo a nossa união e conscientização do ser feminino é que nos libertará disso tudo. Como disse a Juliana, uma grande fraternidade de mulheres irmãs e unidas pelo amor e amizade.

Um grande abraço, Igaci.
Pois é Igaci, quem me dera acreditar que um dia as mulheres formarão UMA GRANDE UNIDADE...Sonho com isso, e talvez ainda possa ter esse prazer de ver um dia essa força das mulheres com Voz activa e a construir um novo mundo...rl

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