O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, novembro 30, 2007

A MULHER VIDENTE E FEITICEIRA...


"A mulher, mais do que o homem, é capaz de prever o curso dos factos e de dar conselhos, no sentido de harmonizar a conduta humanar com o destino.

Essa é a razão da sua invulnerabilidade e da sua santidade sacerdotal, como pode ser provado entre os címbrios. É desnecessário repetir as palavras célebres de Tácito sobre o sanctum et providum das mulheres germânicas...

Essa postura foi mantida no norte até o cristianismo começar a perseguição às videntes, por considerá-las feiticeiras..."

IN "A GRANDE MÃE" de E.Neumann


"A palavra também é destino, pois ela anuncia aquilo que foi decidido pelos poderes; além disso, a maldição e a benção dependem dos rituais mágicos que estão sob o domínio das mulheres. Aquilo que mais tarde passamos a chamar de poesia teve origem na fórmula dos sortilégios e nos cânticos mágicos que emergem espontaneamente das profundezas do inconsciente de onde trazem à tona suas formas características; seu próprio ritmo, além do vigor e da sensualidade peculiares de sua imagem" (...)

in "A Grande Mãe" - JEAN MARKALE

Dois livros distintos e autores também diferentes embora com o mesmo título, e ambos muito importantes!

2 comentários:

Paula Marinho disse...

Rosa, desde que vim aqui pela primeira vez aprendi mais do que eu mesma imaginava que aprenderia. Está completando um ano que isso aconteceu. Hoje venho agradecer a você e a essas pessoas maravilhosas que comentam em seu blog.
Tenho conseguido por em prática muito desse aprendizado (a minha maneira, mas o tenho feito!). Obrigada por não ter parado de postar como era seu desejo naquela época. Se lhe valer de alguma coisa quero deixar expresso aqui que hoje me sinto mais inteira enquanto mulher. Superei obstáculos que a vida me impôs e ontem e hoje consegui escrever dois poemas... Tímidos, é bem verdade, pela falta de costume em lidar com as palavras e com a escrita; mas meu coração gritou tanto que não houve outra forma... tive que escrever.
Muito obrigada. Acho que nenhuma de vocês... ou talvez todas, não sei... possa fazer idéia do quanto esse fato significou e signifa pra mim. Poesia é pra mim como a voz da alma e é por demais saboroso ouvi-la novamente. E ao chegar aqui hoje leio sua postagem com uma alegria imensa de saber que meu incosciênte está despertando, está voltando a vida. Abençoadas sejam mulheres. Um grande abraço e muita PAZ.

Anónimo disse...

É verdade minha querida, nós somos uma cadeia e quando uma avança avançam muitas mais pois somos espelhos umas das outras...

grande abraço

rleonor