O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, dezembro 03, 2007

A MULHER NO MUNDO


NA ALEMANHA: "Hatun foi forçada a casar quando tinha apenas 15 anos. A fuga para a liberdade conseguida com o divórcio e uma vida independente pagou-a com a própria vida, a 7 de Fevereiro de 2005, quando foi assassinada com dois tiros na cabeça pelo próprio irmão. O caso que ocorreu em Tempelhof, nos arredores de Berlim, deu origem à Hatun & Can, uma associação fundada por um amigo da jovem assassinada, Andreas Becker (nome falso), cuja missão é agora ajudar jovens muçulmanas em risco de vida e vítimas de maus tratos." in DN

- COMO PODE A MULHER SER LIVRE NO MUNDO E
EXERCER AS SUAS CAPACIDADES E POTENCIAIS SE:

"A sociedade patriarcal valoriza e promove apenas os aspectos masculinos, subestimando e até mesmo reprimindo os aspectos femininos.

O resultado é que a mulher se esvazia, perde sua identidade feminina essencial e se torna uma “cópia” caricatural do homem; o homem, por sua vez reduzido à masculidade bruta e unilateral, perde a ligação com os valores femininos do seu mundo interior e passa a ter uma relação opressiva para com a mulher. Como restaurar a feminilidade, despontenciando a unilateralidade do mundo patriarcal, a fim de reequilibrar a identidade psicológica dos sexos e plenificar a relação entre o homem e a mulher?"

In AMOR E PSIQUE
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Perante essa unilateralidade do mundo masculino a mulher debate-se muitas vezes em vão e sofre todo o tipo de confrontos a nível emocional e psicológico. Nestas condições a mulher enfrenta uma força de oposição e negação do seu ser desde criança que se reflecte naturalmente na sua psique, no seu carácter e na sua saúde sobretudo...Claro que no mundo muçulmano a mulher não chega a sofrer dessas doenças porque é morta antes de tempo...
Mas no Ocidente é a mulher a maior vítima de doenças cancerígenas e não o homem. Porquê? Porque a mulher mais do que homem vive na negação do seu ser profundo e ao nível da sua personalidade é agredida de todas as maneiras numa sociedade hostil em que o macho de uma forma ou de outra "é o dono do pedaço"...e se não o é, trata de se fazer valer pela violência doméstica e outras e são tantas que a mulher comum já nem se dá conta, mas vai sofrendo na sua dignidade e integridade física ou moral.

Pergunto-me porque não se apercebem destes factos as mulheres e deixam de lutar por se afirmarem na sociedade patriarcal onde serão sempre regeitadas e desvalorizadas? Se partissem deste ponto de vista, a partir de dentro d esi próprias, teriam muitos mais chances de se reorganizarem e adquirir meios que lhes dessem acesso a uma consciência do seu ser em primeiro lugar e depois criar uma situação social de conjunto que lhes permitisse chegar à afirmação do seu feminino reprimido. Sem essa consciência individual as mulheres que trabalham por uma causa - FEMINISTAS OU DOS DIREITOS HUAMNOS - que julgam ser pelas mulheres não chegarão a nenhum lado, excepto pontualmente.
Este foi o ponto fulcral onde o feminismo falhou, pois foi sempre uma luta desigual em que a mulher querendo a igualdade, partia sempre de uma desigualdade que é a perda inicial da sua identidade feminina essencial, perda de que ela à partida não se dá conta, nem do seu esvaziamento, tornando-se assim uma "cópia" caricatural do homem. rlp

2 comentários:

Luíza Frazão disse...

Rosa Leonor,

É por isso mesmo que eu acredito tanto nos benefícios de métodos de desenvolvimento pessoal, como o Método Louise Hay.
Por outro lado, é bom começarmos a pôr a tónica no que é SER HOMEM também, hoje em dia. Passar a bola para o outro campo e confrontá-los com os seus desequilíbrios, com a desvalorização das sua parte emocional (feminina), mostrando-lhes as suas próprias feridas. Há já vários terapeutas, homens e mulheres, a ocuparem-se dos homens. Essa é uma estratégia bem inteligente, quanto a mim. É uma espécie de "o rei vai nu"...

Abraço

Luíza

Anónimo disse...

Luiza: comprendo o que diz e estou de acordo consigo, mas acho tão premente a mulher trabalhar consigo própria e quanto mais conhecimento tiver maior essa responsabilidade, que me custa acreditar no trabalho desenvolvido por mulheres noutras áreas quando o feminino não está resolvido nem integrado. e se for uma mulher dessas a ocupar-se da ferida dos homens ainda acho mais grave...Por outro lado é-me grato os homens que acordam para o seu feminino e que trabalham esse aspecto junto de outros homens e em cooperação com as mulheres. Mas é tão difícil na realidade pelo que eu tenho visto e vivido, mesmo no âmbito da espiritualidade!!!
Obrigada por comentar
abraço
rosa leonor