O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, janeiro 29, 2008

maria madalena

(...) A questão para a mulher moderna é: "Eu posso ser única e eu mesma enquanto ainda trago a essência do que é feminino?" Por que vocês acham que tantos estão interessados em minha verdadeira natureza neste momento? Talvez a minha súbita revelação seja apenas um reflexo do que as mulheres estão finalmente se questionando: "Qual é a minha verdadeira imagem? Como eu quero ser vista no mundo? Os outros me vêem por quem eu verdadeiramente sou, ou eles vêem somente o que eles querem que eu seja – dócil, subserviente? Eu sou atraída pelo que os outros esperam de mim? Eu permito que os outros me vejam bem menos do que eu sou destinada a ser?"

Eu, Maria Madalena, levo a intenção de iluminar o divino, o poder sagrado do feminino. Eu encarnei nesta existência em particular, com o compromisso, a paixão e a excitação pela minha jornada, pela minha participação no drama divino. Nesta existência, eu fui sábia, sacerdotisa, amante, mãe, mística. Eu era algo como uma agitadora, e os homens deste tempo não sabiam o que fazer comigo. E, entretanto, eu não estava preocupada com o que os outros pensavam de mim, contanto que eu realizasse a minha missão. As pessoas sempre tiveram uma forte opinião sobre mim, de um modo ou de outro. Parece que eu trago opiniões extremas com a minha energia. Bem, eu sempre fui uma apaixonada.

A minha energia é magenta (cor carmesim brilhante), intensa, plena e vigorosa. Chamem-me e deixem que este campo de energia os envolva e os circunde. Eu quero revigorar a sua vida e trazer paixão a ela. Eu quero agitar o seu coração ao seu mais intenso chamado. O que faz você ser unicamente você?

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A Preciosidade da Energia Feminina
Maria Madalena e as Vozes da Deusa
- através de Suzanne Gould 2007
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O trabalho de Madalena, enquanto avatar feminino, durante os anos em que ela se preparou, foi o de produzir uma identificação, uma universalização entre a sua libido, a sua força sexual, o seu poder erótico, e agora, a sua vitalidade, o seu kundalini e ainda o poder ígneo dentro dela, de base, com a Humanidade inteira. Identificar-se, irmanar-se com o estado da Humanidade. Daí a expressão “prostituta” que é uma expressão completamente manipulada pela igreja católica, no sentido em que assim fica mais fácil tornar as mulheres todas neuróticas porque as duas únicas mulheres naquela história toda, uma é prostituta, a outra é virgem. Só têm dois modelos, não há ninguém ao meio. Naquela história não há mulheres normais. Obviamente que tudo foi manipulado! Agora, o outro aspecto é quando Deus escreve direito por linhas tortas, é que ela, de facto, é uma prostituta. Graças a Deus, isto é, é uma prostituta sagrada – Sacerdotisa de Afrodite.
E o que é que isto significa? Significa alguém com competência suficiente para se identificar com o estado de prisão em que o kundalini da Humanidade se encontra. Esse processo de identificação, de reconhecimento, de compaixão e percepção, a capacidade de sentir que a deusa está presa, que nós não somos livres nem sequer da nossa expressão mais íntima, quanto mais em termos filosóficos, em vez de a entidade se colocar num plano moral, justicial, vertical, sobre o que é o real e a verdade e para além do véu de Maya e o caminho até ao vazio, em vez de se colocar nesse plano, o acto é o contrário, ela deita-se connosco, e isso faz uma prostituta. (...) ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA

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