O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, abril 08, 2008

ESSE CRIME FABULOSO


" Os Ídolos imemoriais foram derrubados e foi preciso destruir, junto com eles, o seu suporte: a mulher-mãe, a mulher-deusa, a mulher-fêmea, a verdadeira mulher"

Não acuso. Talvez esse crime fabuloso fosse necessário. E talvez fosse inevitável. A civilização não seria o que é se a verdadeira mulher ainda existisse.
(...)
Mas examinemos esse crime. Extermínio físico em fogueiras: evocarei as centenas de milhares de mulheres, chamadas de bruxas e queimadas como tais, e os outros milhões de mulheres vencidas e transformadas pelo medo.
(...)
Extermínio pela propaganda, arma mais certeira que todas as outras...Guerra revolucionária empreendida pela Cavalaria contra a mulher verdadeira a favor de um novo ídolo. E enfim num plano mais amplo, mais misterioso e concomitante, mutação decadente da espécie. De tal forma que o ser fêmea o autêntico foi substituído por um ser diferente. "

"Senhores, o ser que chamamos de mulher não é A mulher. É uma degenerescência, uma cópia. A essência não está aí, nossa alegria e nossa salvação não estão aí"...Chamamos mulheres a seres que dela não têm senão a aparência, tomamos em nossos braços imitações de uma espécie inteiramente ou quase destruída."
in TANTRA - O CULTO DA FEMINILIDADEde André Van Lysebeth

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