O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 30, 2008

AS DUAS FACES DA MOEDA...

É uma questão filosófica ou demagoga pensar na beleza, no que seja verdadeiramente a beleza, quando todos/as somos dominados/as pelos estereótipos os mais vulgares de beleza sofisticada e aparente, superficial e fútil, destituida de alma e de espírito, baseados só no corpo e normalmente do corpo plastificado e operado (transformado pelas plásticas e pela ginástica) do modelo ou da vededa de cinema ou nas imagens construidas de uma arte também de plástico?


A realidade choca...a feiura choca, a miséria deprime e mete até medo...por isso, procura-se a beleza a todo o custo mas talvez devêssemos olhar bem de frente a velhice, as rugas, a pobreza e as nossas misérias frontalmente e sem repugnância, procurando amar esse lado da realidade que queremos a todo o custo esconder atràs da beleza eterna ou da beleza cor-de-rosa, alienante da nossa própria realidade...

Não foi isso que fizeram os Mestres e os santos...olhar a doença e a velhice a pobreza com amor e para lá da aparência?


Acontece essa alienação com as mulheres a quem obrigatoriamente se exige uma imagem de juventude eterna e beleza física desejável - toda a mulher tem de ser jovem e atraente, e hoje em dia também os homens começaram a depilar-se e a tratar-se e a fazer operações de estética... mas também nós criamos obsessivamente beleza na decoração dos nossos espaços, da nossa casa, mas o grave não é procurar a beleza, só por si, como um ideal, é esquecer que tudo tem o outro lado, inevitavelmente, a noite e o dia, o prazer e a dor, o sol e a lua... porque a vida e a terra é feita de coisas opostas, paradoxais...e para mim não há nada mais antinatural do que criarmos um mundo de beleza fictícia onde a sombra não entra...porque isso quer dizer que um dia...mais tarde ou mais cedo seremos submergidos pela nossa própria escuridão...aquilo que não quisemos ver e iluminar com a nossa luz e amor um dia volta-se contra nós e destrói-nos...
Isto não quer dizer que devamos fazer o contrário e só ver o negativo das coisas, não, o que quero dizer é que temos de INTEGRAR os dois lados do nosso ser e de tudo para atingir a síntese e viver o equilíbrio dos opostos complementares...

Também a mim custa muito, dolorosamente olhar a dureza desta imagem...esta imagem crucial do que o homem faz do ser humano por causa da sua ambição e uso de poder...aquilo que na nossa sede de beleza, conforto e comodidade social, quando criamos o consumo e o excesso por ganância e medo de não ter... fez cair os outros na miséria, na dor e na fome...

Ah! custa, custa muito, dói na alma, saber que se mata por petrólio, por poder e ambição apenas. Que há gente que se julga humana - serão? -que não pensa senão no dinheiro e nos seus bancos e impérios à custa de milhões de seres que morrem em campos de refugiados e de fome...enquantos esses fantoches negros e brancos e amarelos se instalam nos seus fauteilles de peles de animais em faustosas decorações...e festejar a abundância de uns e a miséria de outros...
rlp

8 comentários:

Nana Odara disse...

obligaduuuuuuuuuuuuu

Nana Odara disse...

obligaduuuuuuuuuuuuu

Nana Odara disse...

obligaduuuuuuuuuuuuu

Nana Odara disse...

obligaduuuuuuuuuuuuu

Anónimo disse...

Mais um obrigada este meu...

rosa leonor

Anónimo disse...

Mais um obrigada este meu...

rosa leonor

Anónimo disse...

afinal foram mais dois. este sistema não está bom da cabeça...

rosa leonor

Anónimo disse...

o mundo que se reflete no "espelho de nossas vidas" pode serve de base para amenizar essa lamentavel cituação...