O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 02, 2008

a hora de despertar...


A MULHER DESPERTA 

(Escrito em 3 de maio de 2017)

A mulher moderna manteve-se e mantem-se presa desde há décadas no pensamento masculino, à escrita masculina, à sua filosofia, a sua psicologia, usando as mesmas ideias e conceitos, partindo da "base de dados" dos registos do patriarcado, sendo apenas uma mulher corpo-sexo e mente-intelecto (cérebro esquerdo) que não entendeu essa MULHER de dentro, nem a ferida da sua Psique dividida, e vendo-se apenas como esse subproduto da sociedade e da cultura machista, patriarcal e falocrática - e negando que se nasce mulher - Sim, nasce-se mulher e o que falta a mulher moderna é a ligação com a sua essência...
A Verdade irredutível para mim é que a Mulher nasce mulher tal como o homem nasce homem; essas são as coordenadas da Natureza biológica e anímica do homem e da mulher à partida e que a sociedade depois modela à sua maneira e como quer e dai chegamos a esta deriva dos géneros, uma construção social e cultural precisamente porque falta a mulher essa consciência de si como mulher! Falta-lhe uma consciência psicológica e ontológica e o sentido de uma existência superior para lá das ideias e da vida concreta, reduzida ao palco do mundo consumista e materialista.
Sim, o que eu digo só pode ser entendido ao nível de uma visão muito mais alargada e que não pode ser só "positivista", nem marxista, e por isso, apesar de concordar com algumas ideias das feministas, e até possa sentir grande afinidade com muito do seu trabalho sem duvida importante do ponto de vista social, mas faltou-lhes o aprofundamento das raízes da mulher primordial!
A mulher tem de reescrever a sua história e a sua experiência a partir de uma nova consciência de si e da Mulher Integrada.
rlp

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