O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, setembro 07, 2008

O SONHO ANTIGO Dos Cavaleiros do Graal

"Quando o valor e pureza de um cavaleiro andante está acima de qualquer dúvida, a Dama do Lago aparece numa visão e recompensa-o não apenas com uma imagem do Graal, senão com a possibilidade de beber deste. São poucos os autorizados a sorver deste cálice, a mais sagrada das relíquias bretonianas, e somente os cavaleiros de uma pureza sem mácula sobrevivem ao provar das águas benditas do lago. Aqueles que bebem do místico cálice mudam para sempre, vivem muito mais tempo que qualquer outro mortal, e recebem outros estranhos presentes. Desde esse momento, o cavaleiro coloca-se irremediavelmente a serviço da Dama e do Graal, um vínculo que só será rompido com a sua morte. Cada cavaleiro do Graal adquire o dever de proteger os lugares sagrados da Dama."
(...)
Esta é a mais bela descrição do grande Mistério do Graal...
E sei que o Graal é o corpo santo da mulher, remonta ao tempo em que a mulher era sagrada e o seu corpo a revelação-iniciação à divindade do ser e o Cálice do qual se bebe e se vive para a eternidade o Símbolo dessa iniciação da origem da vida e do amor. Porque essa era a Grande iniciação ao Amor Supremo do Ser Humano, através da Mulher, como o era o da vida ao nascer. O Homem atingia o supremo amor da Deusa e a Mulher dava-lhe corpo e consubstanciava-a…a União era eterna.

O Cálice …era…a suprema dádiva. A Mulher, o Repouso do Guerreiro. A mulher autêntica, aquela que em si guardava a Chave dos Mistérios, a mediadora das forças cósmico telúricas, a mãe e a amante dos alquimistas…a Deusa de todas as Eras e que o patriarcado paulatinamente destruiu, ao longo dos séculos, substituindo o amor dos dois em Um, tangível, na Terra, pelo amor de impossível acesso ao Deus Único e no Céu…destruindo a mulher, dividindo a sua natureza, prostituindo-a e destruindo a Natureza Mãe…
A Mulher que os Cavaleiros buscavam em sonhos e partiam em busca do Graal e defesa da Dama, era mais do que um ideal, era o amor da Deusa que vivia em cada mulher…e se manifestava para o Homem puro de coração, ao homem que resgatava o amor divino e do espírito pela nobreza do seu carácter e pela sua fidelidade ao rei ele mesmo…
Como em todos os cultos da Deusa da antiguidade que foram obsorvidos pela igreja de roma, transformadas em santas e o culto da dama que se busca no Graal, passou a ser o cálice do sangue de cristo, o sangue da morte e da violência da Espada e não o sangue da mulher que é sinal de vida, concepção e regeneração e não de morte...

O Rei e a Rainha eram os pilares da encarnação, cada homem e cada mulher, deuses na terra e a terra o Paraíso…
rlp

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