O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 20, 2009

"O DOURADO CAMINHO DO MEIO"


O físico Fritjof Capra, no seu livro 2O Tao da Física", fala-nos:

"Buda não estava interessado em satisfazer a curiosidade humana acerca da origem do mundo, da natureza do Divino ou questões desse género. Ele estava preocupado exclusivamente com a situação humana, com o sofrimento e frustrações dos seres humanos. A sua doutrina, portanto, não era metafísica: era uma psicoterapia. Buda mostrava a origem das frustrações humanas e a forma de superá-las."

Segundo ele, a única maneira de nos livrarmos do sofrimento é controlar os desejos, o que não significa exterminá-los, mas sim, não ser controlado por eles, nem acreditar que a felicidade está atrelada à sua satisfação. Desapego é a palavra-chave. O ideal budista é a moderação: em tudo devemos seguir o “dourado caminho do meio.”

Sempre ouvi meu mestre se referir à cruz dos signos fixos como o Caminho do Discipulado. Estabilidade, segurança, preservação e manutenção do status quo, os fixos não gostam de mudança, e nem querem ouvir falar desse tal movimento incessante...

Quando tentamos reter, segurar coisas, pessoas e situações para sempre conosco, sofremos, pois estamos contrariando a ordem natural. Isso é apego. Portanto, a chave para nos libertarmos do sofrimento é o desapego.
(...)
Excerto retirado de: http://luzcardoso2.blogspot.com/2008_10_01_archive.html

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