O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, outubro 08, 2009

HERTA MULLER

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2009

Prémio "inteiramente justo", considera a Associação Editores e Livreiros
Hoje - lusa

A Deutsche Buchhandel (Associação Alemã dos Editores e Livreiros) reagiu hoje com "uma enorme e ilimitada alegria" à atribuição do Prémio Nobel da Literatura a Herta Mueller.
Pode ter sido uma surpresa, mas é inteiramente justo", afirmou, em Frankfurt, o presidente da Deutsche Buchhandel, Gottfried Honnefelder, depois de tomar conhecimento da decisão da Real Academia Sueca de Ciências.

Herta Muller "é uma das grandes vozes que temos, forte e distinta, e o seu último livro, Atemschaukel (Balanço da Respiração, n. do r.), é o seu melhor livro", acrescentou Honnefelder.


O último romance de Herta Mueller, que relata o sofrimento de deportados romenos de origem alemã para campos de trabalho soviéticos, após a II Guerra Mundial, foi um dos seis nomeados para o Prémio da Literatura Alemã, a atribuir na segunda-feira, em Frankfurt, pela Deutsche Buchhandel.

"O facto de uma mulher escritora e ainda jovem receber o prémio Nobel é muito significativo, e tem também impacto político", a poucos dias da abertura da Feira do Livro de Frankfurt, na próxima quarta-feira, observou Honnefelder.

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- FICO SATISFEITA POR SABER QUE MAIS UMA MULHER PODE ERGUER A SUA VOZ NO MUNDO PATRIARCAL, EMBORA NÃO CREIA QUE ELA TENHA A VERDADEIRA CONSCIÊNCIA DA EMERGÊNCIA DO FEMININO NO MUNDO, NEM DA DIMENSÃO DA SUA ALMA. MAS AINDA NÃO LI NADA DELA, E NÃO É JUSTO FALAR ANTES DE TEMPO...

VAMOS A VER QUAL É O BALANÇO DA SUA RESPIRAÇÃO...
RLP

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