O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, outubro 01, 2009

A ROSA: O CORPO DA VIDA...

A nossa Pátria estava demasiado longe...


Os teus colares de pérolas fingidas amaram comigo as minhas horas melhores.

Eram cravos as flores preferidas, talvez porque não significavam requintes. Os teus lábios festejavam sobriamente a ironia do seu próprio sorriso.
Compreendias bem o teu destino?
Era por o conheceres sem que o compreendesses que o mistério escrito na tristeza dos teus olhos sombreara tanto os teus lábios desistidos.


A nossa Pátria estava demasiado longe para rosas.

Nas cascatas dos nossos jardins a água era pelúcida de silêncios.
Nas pequenas cavidades rugosas das pedras, por onde a água escolhia, havia segredos que tivéramos quando crianças, sonhos do tamanho parado dos nossos soldados de chumbo, que podiam ser postos nas pedras da cascata, na execução estática duma grande acção militar, sem que faltasse nada aos nossos sonhos, nem nada tardasse às nossas suposições.


Sei que falhei. Gozo a volúpia indeterminada da falência como quem dá um apreço exausto a uma febre que o enclausura.


Tive um certo talento para a amizade, mas nunca tive amigos, quer porque eles me faltassem, quer porque a amizade que eu concebera fora um erro dos meus sonhos. Vivi sempre isolado, e cada vez mais isolado, quanto mais dei por mim.


Texto de Fernando Pessoa (in desassossego)

2 comentários:

MOLOI LORASAI disse...

tudo bem que a Rosa Leonor não dê crédito à ciência.
o ridículo daquele texto é se aproveitar de terminologia científica (da fisica quântica e da genética) que qualquer um que tenha estudado física ou genética vê que se trata de manipulação reles da informação científica. que façam uma canalização como deve ser..., se é que ela exista.

Anónimo disse...

Você sabe de onde lhe vem o "pensamento"? Você tem a certeza de que não pensa nada alheio? E a ciência estudada pelos nossos "sábios" não é mais do que uma ordem imposta e com regras do visível e palpável ou visto ao telescópio, microscópio ou ensaiado em tubos e toda a espécie de utensílios materias que não servem para detectar nem apreender a matéria subtil nem as manifestações das energias vibratórias do cosmos ou mesmo da terra. Que sabemos nós da inteligência de Gaia?...o que sabe a ciência e a biologia do que está para lá de tudo o que a nossa "inteligência" tão reduzida sabe? A nova inteligência é percetivel pela sua vibração pela sua ressonância em nós e não pelo intelecto. A mente não abrange senão um décimo da realidade ou menos. De nada nos serve a ciência senão para enganar as pessoas comuns e para retardar o verdadeiro conhecimento delas mesmas a partir de dentro!!!Leia Sri Aurobindo e ele esclarece. Para mim vale mais o efeito psicológico, o choque emocional para uma abertura de consciência alterada do que toda a ciência e estudo mental...é só isso. Eu não estudei nem ciência nem filosofia e tão pouco a c. quântica...mas sei o que é um salto quantico e um estado de consciência alterado, qualquer coisa acima do pensamento e das emoções e que me dá a visão cósmica do ser, ou melhor me dá a experiência do SER. E você também sabe.Nunca seguirei as linhas do conhecimento instituido...e de uma vez por todas será a minha alma a guiar-me e não o meu ego...tentemos, temos essa possibilidade também com o conhecimento do M.

Rosa leonor