O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 01, 2010

AS MULHERES SÁBIAS

O LADO DA MULHER RENEGADO PELA IGREJA

A Witch (bruxa, feiticeira)

"Na Idade Média, as mulheres que conseguiram o poder, passavam gradativamente a ser consideradas bruxas. A palavra inglesa witch (bruxa, feiticeira) é derivada da palavra anglo-saxônica wicce e da alemã wissen (saber, conhecer) e wikken (adivinhar). Antigamente as bruxas eram chamadas de sábias, até a Igreja atribuir-lhes uma conotação de degradação, de mulheres dominadas pelos instintos inferiores.
(...)
As bruxas nada mais eram do que mulheres que conheciam e entendiam do emprego das ervas medicinais para a cura das enfermidades nos vilarejos onde viviam. Também estavam aptas a realizar partos e a preparar unguentos medicinais. Com o advento do Cristianismo, a era patriarcal acabou por imperar, até porque o Salvador era um homem. As mulheres foram colocadas em segundo plano e identificadas como objectos de pecado utilizados pelo diabo.

É claro que algumas mulheres rebelaram-se.
Estas mulheres, dotadas de um poder espiritual - inclusive passado de mãe para filha -, começaram a angariar de novo o prestígio de outros tempos, e isto passou a incomodar o poder religioso. Como admitir que algumas mulheres podiam ser livres e que algumas pessoas respeitavam o que elas ensinavam? Para acusar uma mulher de bruxaria era muito fácil: bastava uma mulher casada perder a hora de despertar, que o marido a acusava de estar sonhando com o demónio."
(...)
Excertos de um texto de Monica Buonfiglio

2 comentários:

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

Saudações...
parece que nosso trabalho conua...Acho que li este text em aglum lugar, mas não me lembro.
De todo modo deixo já o meu abraço e espero que sempre encontre forças para continuar.Muitas vezes da vontade de desistir, mas isso só faria o patriarcado dar gargalhadas pensando em como somos fracos e insignificantes e eu estou farta de estar sujeitada as ordens do Santo Homem, que perverteu a historia e distorceu o mito da mulher (assim como estou farta de ver como as mulheres, alguns voluntariamente, se sujeitam aos homens e lhes servem e validam suas opiniões em quase tudo, em detrimento da opinião essencial do ser mulher).Bem sei que como você disse não a tempo a contar ou a descontar e deis daquele sonho, tambem tenho sonhado outras coisas...Talvez algu dia venh a lhe conta los pessoalmente e o abrigo que quero para mim e outras mulheres não seja um sonho.Se tal acontecer, você será a primeira informada.

Abraços, e mesmo que não realize (falo isso para mim e para você) todos os seus sonhos, creio que deixamos um legado para o mundo,

do coração,
Gaia Lil

rosaleonor disse...

Esperemos que sim...mas às vezes eu não sei se isto adianta muito. O mundo virtual não é muito efectivo, nem real ou concreto...andamos se calhar apenas a distrair-nos, a ocupar o nosso tempo sem que nada na realidade das nossas vidas se concretize dos nossos sonhos e da nossa vontade. Falta uma realidade tangível onde essa consciência se manifeste na prática e se notabilize de forma a que a mulher se exprima em actos de solidariedade e bondade, de amor e paz.
Não sei se não nos estamos a perder num mundo fictício...
Mas vale a intenção e a fidelidade a um princípio, o feminino!
um abraço grande

rleonor