O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, julho 08, 2010

Lilith a Lua negra


No começo era a Grande Deusa e a Grande Deusa era a Terra e a Terra era a Grande Deusa.

As origens do culto à Grande Deusa jazem obscurecidas na indistinta penumbra dos tempos pré-históricos. A Deusa imperou durante centenas de milhares de anos. Com o passar dos tempos, a Deusa-mãe foi sobrepujada e superada pelo mais patriarcal dos arquétipos - Javé (Yaweeh), Deus-Pai, Alá. Este arquétipo patriarcal aperfeiçoou-se nos mundos judaico, cristão e muçulmano. Alguns aspectos da Deusa-mãe foram permitidos, porém de forma controlada, na imagem de Maria, mãe de Deus. São algumas Madonas Negras, de antigos santuários, que ainda nos dão testemunho da Deusa-mãe.

A figura de Lilith representa um aspecto da Grande Deusa.
Na antiga Babilónia, ela era venerada sob os nomes de Lilitu, Ishtar e Lamaschtu. A mitologia judaica coloca-a em domínios mais obscuros, como um demónio (feminino) do mal, a adequada companheira de Satã, que tenta os homens e assassina as criancinhas.


Interpretação de Lilith

"Durante meus anos de prática astrológica, tenho utilizado a Lua Negra em todas as minhas análises de mapas natais, como complemento da interpretação da Lua. Jamais pensei em ignorar esta influência. A Lua Negra descreve nosso relacionamento com o Absoluto, com o sacrifício como tal, e mostra-nos como abrimos mão de certas coisas. Em trânsito, a Lua Negra indica-nos alguma forma de castração ou frustração, frequentemente nos assuntos relacionados ao desejo; uma incapacidade da psique; ou uma inibição em geral. Por outro lado também indica nossas áreas de auto questionamento, a nossa vida, nossos trabalhos, nossas crenças. Acho que é isto é importante, pois nos dá a oportunidade de abrir mão de algo. A Lua Negra mostra onde podemos deixar que a Totalidade fale dentro de nós, sem atravessar um “eu” pelo caminho, sem erigir um muro formado pelo nosso ego. Ao mesmo tempo, ela não nos indica a passividade. Ao contrário, simboliza a firme vontade de mantermo-nos abertos e confiantes, de deixar que o Mundo Transcendental infiltre-se em nós, confiando inteiramente nas grandes leis do Universo, naquilo que chamamos Deus. A fim de nos preparar para essa abertura, a Lua Negra cria um vazio necessário."

(Joëlle de Gravelaine in "Lilith und das Loslassen", Astrologie Heute Nr. 23)

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