O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, agosto 04, 2010

E quando sentires que o teu coração está quente...


ABULAFIA ´Hayye ha'Olan ha-Ba - in "
in O Pêndulo de Foucaut"

"Que as tuas vestes sejam cândidas... se for de noite, acende muitas luzes, até que tudo brilhe... Agora começa a combinar algumas letras e combina-as até que o teu coração aqueça. Tem cuidado com o movimento das letras e com o que poderás produzir ao misturá-las. E quando sentires que o teu coração está quente, quando vires que através da combinação das letras apanhas coisa que não poderias saber sozinho ou com o auxílio da tradição, quando estiveres pronto a receber o influxo da potência divina que penetra em ti, emprega então toda a profundidade do teu pensamento a imaginar no teu coração o Nome e os seus Anjos superiores, como se fossem seres humanos que estivessem ao teu lado."

"Da rosa, nada digamos agora..."

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"No coração dos amantes que bebem a lia, ateiam-se os desejos ardentes. No foro interior dos sábios de coração triste, há refutações (...)"
RUMI


Feitiço


Sou possessa sim, mas de amor o teu!

Amante de mim, sim,

mas de tanto em mim viveres ó Deusa
Crente e serva de um só e único olhar ,
o teu invisível olhar,

que me fulminou de magia
e ardente nostalgia,
mal eu nasci...

*

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a minha ascese


Os teus olhos
são a poção mágica em cujo fundo eu caí

sem querer...
Os teus cabelos são a chama incandescente

em que o meu peito arde,
mesmo sem te ver.


Tu és o fogo da minha essência que me consome,

Tu és o fervor místico que me devora,
a dakini do meu destino,
o tantra
e o mantra da minha vida...
e a minha ascese.


**Mulher Incesto – Sonata e Prelúdio
rlp

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