O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, maio 30, 2012

PARA ONDE VAI O NOSSO MUNDO


AQUI NA TERRA COMO NO CÉU…


A mim, como ser humano neste plano terráqueo, não me foi dado aceder NATURALMENTE a nenhum outro plano ou dimensão fora do tempo e do espaço linear; e creio que eu me recuso a isso...tudo o que a minha compreensão humana não possa abranger e descodificar de forma inteligível e eu não digo de forma razoável, mas sensível, extra-sensorial mesmo, eu não quero; enquanto o meu ser não esteja preparado para abarcar outras formas de linguagens, de vida e planos de existência, de forma natural e equilibrada e sem o risco de ruptura com este plano, eu não quero nenhuma visão especial. E não é por não aceder a esses mundos que eu os nego. Primeiro nem os nego, mas sou eu que não quero o que sei que não posso abranger dentro dos limites da minha compreensão humana.  Claro, ninguém sabe bem o que é a INTELIGÊNCIA ou sabemos que apenas usamos uma percentagem mínima do nosso potencial…

De facto, admito e aceito e sei até um certo ponto, sim, posso percepcionar outros mundos e outras dimensões, e nessa expansão de consciência há grandes probabilidades de alargar o nosso conhecimento através da alteração do nosso ADN etc., mas note-se, por exemplo, esse não é ainda o caso das canalizações, ou outras formas exteriores a nós de aceder a informações, digamos, de aceder a outros planos. A questão é que eu não quero o que eu não posso processar eu própria, integrar neste plano ao nível da minha psique e tornar real na minha vida, consequentemente. De que me servem informações se eu as não puder equilibradamente validar? E fazer delas uma realidade aqui? Para que viveria eu, como tanta gente que conheço, totalmente desfasadas deste mundo real (Maya, pois) e desses universos paralelos de que falam – luz amor e plenitude - e em completa alienação de si como seres humanos?  

Para mim É uma questão de “bom senso” sem o qual se perde a noção dos limites e das fronteiras: a mim nada me garante a certeza dessas informações; de tudo o que tenho lido e ouvido, elas são tão contraditórias por vezes como as fontes e tão absolutamente antagónicas que não me é possível acreditar nelas como plausíveis...Ninguém, vejo, tem garantias desses universos paralelos, ninguém...e eu não estou a duvidar de quem diz que sim, mas dos processos...e porque mais simplesmente não sei para que servem, sinceramente. Essas mesmas pessoas estão tão desestruturadas humanamente, tão sem saber do mais básico de si mesmas, perdidas sexual e emocionalmente e querem chegar a mundos perfeitos e inatingíveis...Quase todas elas em risco de loucura…

O meu ponto de partida é este, de que me serve ter acesso a esses mundos e até fazer contactos com seres de luz ou extraterrestres…se eu continuo um ser humano limitado em si mesmo, sem capacidade de me elevar ao mais alto da minha condição apenas como ser humano, coerente, coeso e amoroso…Sim…o meu ponto de vista é que de nada me servem os dons e as visões e os contactos e as revelações, se não me tornar mais humana…mais amorosa…mais verdadeira, mais eu mesma AQUI NA TERRA!

Eu tenho tempo quando partir, de chegar onde é suposto eu chegar.

A minha estadia na terra é para cumprir uma elevação da matéria, espiritualizar o meu corpo, elevar-me na minha condição humana e ser fiel à minha verdadeira dimensão, a dimensão do meu coração a única a que tenho acesso e se não for por essa via eu aqui na terra não vou a nenhum lado! Sim, de que servem todos esses dons, visões e revelações …se as pessoas continuam a rejeitar este mundo ou odiar a Terra? Odeiam-se umas às outras, invejam-se tão visceralmente, são predadoras, vampiros de energia, exploram e mentem-se uns aos outros...totalmente desequilibradas e sem “suporte vibratório” para as energias que dizem tocar e o óbvio é sem dúvida o risco de loucura...e nada acrescentam de “melhor” ao mundo senão ao seu próprio ego espiritual INSUFLADO  de se convencerem de que são seres excepcionais, os “escolhidos”, e dão-se nomes pomposos...Tudo isso lhes é dito…e elas convencem-se enquanto se alienam da terra…e do propósito de estarem vivos, aqui e agora.
RLP

Adenda...
Não estranhem as minhas amigas este parêntesis no assunto habitual "mulheres e deusas"...
Este texto responde a algumas das minhas questões, mas não responde a questão essencial do SER MULHER e talvez a descoberta do que é ser mulher seja uma Chave e uma resposta global para toda esta questão, dado que a mulher tem à partida as ferramentas para aceder a planos de consciência do Ser em si e como mulher e que se perderam completamente desta humanidade pela sua cisão interior. Aí está a chave talvez da falta de uma dimensão acessível a todos os seres humanos de forma humana e natural, terrena e divina sem a alienação da Terra nem do Céu. A separação da mulher em duas anulou a manifestação do princípio feminino e portanto do hemisfério direito e as suas faculdades...e esse é o ponto de focalização emergente para a Terra. Se acedermos e desenvolvermos os dois hemisférios cerebais em paralelo - o feminino e o masculino integrados - talvez possamos atingir planos de consciência na terra que nunca sonhamos mas  para isso e antes do mais a Mulher tem de integrar ou unir essas duas mulheres que o patriarcado dividiu em duas...

Sem comentários: