O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, maio 16, 2012

PORQUE HÁ PERVERSIDADE...


*E AS MULHERES SÃO AS PRINCIPAIS VÍTIMAS...
 
Caracterizam-se pela maldade, pela ausência de sentido moral, pela aptidão pelas relações sociais – que ajuda à manipulação e mesmo à subordinação dos outros -, pela tendência e facilidade em mascarar as suas intenções.

Nas relações sociais do perverso de caráter, a dominação e a influência ocupam um lugar privilegiado. Ele manobra habilmente para submeter o outro a pouco e pouco. Animada pelo ódio, a sua vontade procura apagar aquilo que o outro tem de singular. Cada uma das suas formas e variantes da perversão moral responde a apetites particulares: o escroque procura o despojamento económico do outro; o sádico moral centra a sua ação na crueldade, o masochista moral na submissão; o voyeurista moral deseja provocar a vergonha e o exibicionista moral, o escândalo. Quanto ao perverso-narcísico, ao jogar com a necessidade de afirmação de si, deseja alterar o valor do amor-próprio do outro. Daí que estabelecer relações íntimas com um perverso e ligar-se a ele é pura perda. Quem o faz nunca sai incólume: perde o sorriso, torna-se amargo, sente-se fraco. Aliás, atenção: a perversão moral joga-se muitas vezes na relação, e a vítima pode também ser cúmplice, tirando daí vantagem…apenas durante algum tempo.” (porque depois da sedução, vem o desprezo, sem contudo abandonar jamais a sua vitima, acrescento eu).

Alberto Eiguer Pequeno Tratado das Perversões Morais, Climepsi

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