O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, abril 15, 2013

PARA AS MULHERES MAIS VELHAS...



A MULHER MADURA...não é fácil...


"A medida que as mulheres chegam aos cinquenta ou alcançam a menopausa, ou perdem seus mentores ou suas ilusões amadurecem e deixam para trás as identificações com Atena como uma eterna filha do pai buscando aprovação das instituições masculinas e de homens poderosos, Métis, como a sabedoria feminina, prepara-se para surgir. É preciso ter evoluido além do contentar-se em tentar ser a filha dilecta do patriarcado para poder encontrar se com Metis, que é metade matrilinear de sua linhagem psicológica.
Penso em Métis como a esclarecedora da intuição, intelecto e experiência; uma maturidade que surge do facto de se ter tornado experiente e preparada pela vida, pela perda da "hibris* (orgulho e arrebatamento) e pela aprendizagem em primeira mão da humildade e da vulnerabilidade. "
(...)

MENOS AINDA A MULHER VELHA...

"Quanto mais velhas ficamos, mais provável se torna nos depararmos com o sentido da realidade. A vida também nos expõe aos aspectos sombrios da natureza humana, aos elementos escuros e destrutivos dos outros e de nós mesmas. Vivemos o suficiente para ver o dano dos descaso que se abate sobre as gerações futuras e nos damos conta de que muito sofrimento poderia ter sido evitado. É essa visão que vê longe que pode ser atribuída a Sekhmet como a indignada e feroz protetora dos valores e das pessoas, além da determinação de fazer mudanças para melhor."

(…)

JEAN SHINODA BOLEN

In AS DEUSAS E A MULHER MADURA

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