O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, abril 11, 2014

RAIZES NA TERRA


...E como as árvores que nos dão sombra e sorvem a luz a Mulher terá de novo as suas raízes bem fundas na Terra e o corpo erguido para o céu...
Não será mais a mulher subjugada à maternidade e ao sexo, vendida, escravizada, violada, abusada no mundo inteiro...a mulher reduzida a um verbo de encher...(rlp)
E ... ...

"Para que isso aconteça, a mulher terá de estar plenamente consciente e preparada para enfrentar os focos de resistência. A sociedade está ainda muito estereotipada e muralhada para não deixar a mulher entrar. Há um brilho especial na mulher que amedronta e coloca o homem em sentinela para lhe ceifar as raízes do seu crescimento. Mais do que consciente, a mulher terá de envergar a armadura e apontar a lança para destruir esses alvos de resistência. As enfermidades psicológicas desta sociedade só terão cura, quando a mulher resgatar a função arcaica de curandeira. Somos o depósito da água lustral que nos permite renascer, como a serpente, só temos de deixar sair a pele morta, que nos adoece e nos atrasa na caminhada da libertação."*
 

* Cristina Valquíria Valhalladur Aguiar - autora d' As Mascaras da Grande Deusa

1 comentário:

Anónimo disse...

Tenho tentado ajudar nesta tarefa; acredito sinceramente ser este o único caminho possível para a sobrevivência humana.