O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, junho 17, 2015

A GRANDE TRAGÉDIA DO SER HUMANO



A DEPENDÊNCIA DO OLHAR DO OUTRO...

"Me parece que la gran tragedia del ser humano es que la mayor parte de las heridas que llevamos están hechas por otras personas.
Nacemos tan dependientes de la mirada que nos devuelven los padres sobre nosotros para generar nuestra identidad que, de aún siendo adultos, la opinión de los otros nos hiere con fuerza. Sin embargo, la persona que nos mira no siempre tiene una mirada limpia. Muchas veces ven en nosotros proyecciones de su propia cosecha.
Volverse fuert...e a las opiniones parciales y subjetivas de los que nos miran nos obliga a endurecernos frente a los otros, nos tenemos que defender a través de la desconfianza y la duda de la pureza y honestidad del otro, y envolvernos de una coraza antirreflejante, para que sus juicios, comentarios, insinuaciones nos reboten.
En el camino de la adquisición de la fuerza, perdemos la inocencia. A veces, la vida nos convierte en funambulistas, teniendo que conservar el equilibrio entre una actitud amorosa ante la vida y la des-ilusión sobre la amabilidad esperada de los demás.

Parece-me que a grande tragédia do ser humano é que a maior parte das feridas que temos foram feitas por outras pessoas."

Ana Cortiñas


Tradução

"Nascemos tão dependentes do olhar que nos devolvem os pais sobre nós para gerar a nossa identidade que, mesmo já adultos, a opinião dos outros nos fere com força. No entanto, a pessoa que nos olha nem sempre tem um olhar limpo. Muitas vezes o que vêm em nós são projecções da sua própria lavra.
Tornar-se forte perante as opiniões parciais e subjectivas dos que nos olham obriga-nos a endurecernos perante os outros, temos que nos defender através da desconfiança e da dúvida da pureza e honestidade do outro, e usar de uma couraça antirreflejante, para que os seus julgamentos, comentários, insinuações não nos firam.
No caminho da aquisição da força, perdemos a inocência. Às vezes, a vida nos transforma em funambulistas, tendo que manter o equilíbrio entre uma atitude amorosa perante a vida e a des-ilusão sobre a amabilidade esperada dos outros."

Ana Cortiñas

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