O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, outubro 11, 2015

A AUTO-IMAGEM


A MENTIRA A SI PRÓPRIO


“Os problemas da auto-imagem dos narcisistas decorrem do fato de eles não poderem adequadamente colocar em confronto e em (doloroso) conflito a fantasia (a autoimagem grandiosa, que na sua situação está reactivamente, e em virtude de traumatismos precoces, hipertrofiada) e a realidade”. *
 
"Orientar-se em função de uma imagem fantasiada e valorizada de si próprio e resistir em confrontar essa personagem com as suas reais limitações, é porta aberta para transformar a vida em falha perpétua. A sua e a dos outros.
Esta realidade paralela, inaugura táticas em que nada consegue ser maior do que a mentira, porque o que interessa é tentar iludir. A si próprio, sobretudo. A mentira que se despede de tudo o que é autoaceitação, por não se ser perfeito, por não se saber, por errar."


*Narcisismo – defesas primitivas e separação, Climepsi
Publicada por cristina simões - in incalculavel imperfeição

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