O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 04, 2016

A MULHER CRIA O UNIVERSO

 


"A Mulher cria o universo, é o próprio corpo desse universo. A Mulher é o suporte dos três mundos, é a essência do nosso corpo. Não há outra felicidade senão aquela proporcionada pela Mulher. Não há outro caminho a não ser aquele que a Mulher pode abrir para nós. Nunca houve e nunca haverá, nem ontem, nem agora, nem amanhã, outra ventura que não seja a Mulher. Nem reino, nem lugar de peregrinação, nem yoga, nem oração, nem mantra (/formula magica), nem ascese, nem plenitude além daquela prodigalizada pela Mulher."


Shaktisangama-Tantra II. 52

 

Cada dia mais tenho dificuldade em ouvir mulheres ou ler mulheres (escritoras, jornalistas, ou ensaístas) a falar exclusivamente no masculino, em nome do homem, em deus e em irmandade, como se elas não existissem. Fico sempre a pensar se aquilo tem alguma coisa a ver comigo...é uma sensação estranha...estar fora do discurso, sentir esta exclusão do feminino na linguagem oral e escrita...enfim no discurso espiritual, académico e cientifico.
Ah pois "feminista" dizem os homens e essas mulheres sem identidade...
Aqui tem um discurso que não me diz nada ou diz tudo dessa alienação da mulher onde não há lua, não há deusa, não há mãe, não há irmã, não há feminino. Não, não entendo este "altruísmo" este "eu comum" só aos homens. Obviamente a mulher está fora da sua "era dourada"! RLP

EIS O EXEMPLO DE UMA MULHER "ESPIRITUAL" QUE NESTE PLANO HUMANO  SE NEGA COMO MULHER...

"Só existe um Sol, e cada energia em nossa Terra não passa de alguma forma de força solar; e assim como um só Sol alimenta toda a Terra, um só Eu brilha em todos os corações. Só existe uma blasfêmia - a negação de Deus no homem. Só existe uma heresia - a heresia da separatividade, que diz: "Sou outro além de ti, nós não somos um só". Para a redenção do mundo nós precisamos mais do que altruísmo, por mais nobre que ele seja. Precisamos aprender a anulação do eu individual, o sacrifício, a auto-entrega, mas não estaremos firmes no Um antes de podermos dizer "Não há outros; é o Eu em tudo". Quando todos os homens disserem isso o mundo conhecerá sua Era Dourada: quando um homem diz isso através de sua vida, sua presença é uma bênção onde quer que ele vá. Somos irmãos, mas mais que irmãos. Os irmãos têm apenas um mesmo pai; nós temos um Eu comum. Em tudo à nossa volta vejamos a Glória do Eu, e lembremos que negar o Eu no mais baixo é negá-lo em nós mesmos e em Deus."

Anne Besant

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