O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, julho 30, 2016

AS MULHERES QUE FALAM SEM MEDO




A PERSEGUIÇÃO ÀS MULHERES, não era "dolce gabbana"

"Quando pela primeira vez, contamos a nossa verdade parece-nos assustador e perigoso, mas torna-se cada vez mais fácil. Na medula da nossa experiência feminina colectiva, sabemos que há riscos.
Algures nas nossas almas, rememoramos o tempo das fogueiras, em que as mulheres eram perseguidas e queimadas vivas como feiticeiras. Aconteceu em três séculos de inquisição. Quando nos referimos , nos nossos tempos, ao holocausto das mulheres , sabemos que houve mais mulheres... queimadas numa estaca do que as assassinadas com gás nos fornos nazis do holocausto da segunda guerra mundial.
Primeiro, queimavam-se vivas as parteiras por abrandarem as dores do parto (que iam contra o preceito bíblico), depois as curandeiras que sabiam usar as ervas medicinais , as mulheres que comemoravam a chegada das estações, as mulheres excêntricas, as mulheres com posses que alguém cobiçava, AS MULHERES QUE FALAM SEM MEDO, as mulheres inteligentes, as mulheres desprotegidas. Essa memória colectiva tem um efeito igual ao de um trauma pessoal reprimido. .."


Jean Shinoda Bolen
Travessia para Avalon.

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