O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 31, 2017

A BELEZA FICTICIA DA MULHER



" Não tens de ser bonita. Você não deve a beleza a ninguém. Não para o teu namorado / cônjuge / parceiro, não para os teus colegas de trabalho, especialmente para homens aleatórios na rua. Você não deve isso à sua mãe, não deve isso aos seus filhos, você não deve isso à civilização em geral. A beleza não é uma renda que você paga por ocupar um espaço marcado " Feminino ". Erin Mckean



A ANORMALIDADE DA "BELEZA" FEMININA

"Quando uma mulher moderna tem a ventura de ter um corpo que pode se movimentar, correr, dançar, brincar e levá-la ao orgasmo; com seios sem câncer, um útero saudável, uma vida duas vezes mais longa do que a da mulher vitoriana média, longa o suficiente para que o seu caráter se exprima no rosto; tendo alimento suficiente e um metabolismo que a protege distribuindo carne onde e quando ela precisa; agora que ela tem a bênção de uma saúde e b...em-estar maiores do que as expectativas de qual- quer outra geração anterior, a Era da Cirurgia desfaz essa sua sorte imensa. Ela decompõe em componentes defeituosos o dom do seu corpo vital e sensível e a individualidade do seu rosto, ensinando-lhe a vivenciar essa bênção vitalícia como uma maldição vitalícia. Em conseqüência disso, mulheres plenamente capazes podem estar menos satisfeitas com o próprio corpo do que pessoas incapazes. "Os deficientes físicos", afirma um recente estudo publicado no The New York Times, "geralmente exprimem uma satisfação geral com seus corpos", enquanto sabemos que mulheres fisicamente aptas não o fazem. Uma mulher em cada quatro moradoras da região da baía de San Francisco se submeteria a cirurgia estética se tivesse a oportunidade. O termo "deformado" não é mais usado em discurso educado, a não ser para designar o rosto e o corpo de mulheres saudáveis normais, enquanto o jargão dos cirurgiões estéticos elabora a partir de nós o novo espetáculo de aberrações da natureza. "

Noami Wolf

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